Ajudar: sentir pequena em privilégio? Empatia com mundo sofrido. Prática: doação de tempo, energia. Sentimento de empatia é importante. Não negligenciar lugar do sofrimento.
Esse texto é pra você que não foi afetado diretamente pela tragédia no Rio Grande do Sul – até porque seria muito ridículo eu, aqui do sofá da minha casa, escrever algo sobre uma situação que eu não tô vivendo. Do lado de cá, a gente não faz ideia do tamanho do problema. Existem, claro, as notícias, fotos e vídeos, mas é impossível imaginar o que significa perder absolutamente tudo.
Por mais que estejamos distantes da tragédia que assola o RS, é importante lembrar que situações de desastre podem acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar. A solidariedade e o apoio às vítimas são fundamentais nesses momentos difíceis. Vamos juntos enviar pensamentos positivos e ajuda para aqueles que estão enfrentando essa terrível tragédia.
Reflexões sobre a tragédia no RS;
De um momento para o outro, somos confrontados com a magnitude da tragédia no RS; e é exatamente nesse instante que nos sentimos tão pequenos. Surge a pergunta: como posso contribuir? Será que o que faço é suficiente? A sensação de que tudo o que oferecemos é ínfimo diante do que é necessário para reconstruir o que a chuva destruiu e para preencher o vazio deixado é avassaladora.
É comum surgir um sentimento de culpa por estarmos ‘bem’ em comparação com aqueles que foram afetados. A vida continua, o trabalho, os momentos de lazer, e, por vezes, nos questionamos sobre a relevância de nossas atividades cotidianas. Parece tudo tão supérfluo, tão destituído de sentido.
Famosos voluntários: personalidades e influenciadores unem forças para auxiliar no desastre; no RS. O resgate do cavalo ‘Caramelo’ mobiliza as redes sociais, despertando reações emotivas. Em meio às enchentes históricas, o RS recebe um volume expressivo de doses extras de vacinas, um alento em meio à adversidade.
É compreensível quando nos dizem que não deveríamos nos sentir dessa forma, mas talvez seja importante permitir-se experimentar essas emoções por um tempo. Não a ponto de paralisar a vida, mas o suficiente para compreender nosso lugar de privilégio no mundo, onde podemos desfrutar de momentos de lazer e entretenimento, mas sem nos alienarmos do que ocorre ao nosso redor.
A empatia, palavra tão carregada de significado, precisa ser praticada em diversas situações do nosso dia a dia, não apenas diante de tragédias como a que ocorre no RS. Devemos nos incomodar com tudo, não apenas com o que é veiculado na mídia. A solidariedade vai além de doar uma blusa de frio para os afetados pela chuva; é estender a mão para aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade diariamente em nossa própria cidade.
É fundamental que a empatia transcenda o discurso e se transforme em ações concretas. Qualquer forma de ajuda, seja financeira ou não, faz diferença. Não importa a quantia doada, seja 10 ou mil reais, um tênis ou 10 blusas de frio, um pacote de ração ou a adoção de um animal abandonado. A assistência emocional, a doação de tempo e energia para ouvir e acolher alguém também são valiosas contribuições.
Não podemos permitir que a situação no RS caia no esquecimento após um determinado período. A reconstrução das vidas afetadas demandará tempo e esforço contínuo. Devemos manter a discussão sobre o tema, cobrar responsabilidades e oferecer apoio, enquanto seguimos adiante, um dia de cada vez.
As enchentes no RS não apenas representam um risco físico, mas também afetam a saúde mental da população. É essencial compartilhar informações e unir esforços para enfrentar os desafios decorrentes desse desastre.
Fonte: @ CNN Brasil
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