Apenas na capital, este ano foram confirmados 32 registros da doença, com aumento de quatro na cobertura vacinal da pentavalente.
O estado de São Paulo notificou 37 casos de coqueluche em 2024. Apenas na cidade, foram identificados 32 casos, um aumento de quatro vezes em comparação com o ano anterior, informou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que não teve registros de óbitos devido à coqueluche.
A tosse comprida, conhecida também como coqueluche ou pertussis, é uma doença altamente contagiosa. A prevenção é fundamental para evitar a propagação da coqueluche e proteger a saúde da população.
Aumento da cobertura vacinal da coqueluche
A cobertura vacinal para a coqueluche é monitorada de perto pela aplicação da vacina pentavalente, que é uma vacina combinada essencial para prevenir doenças como difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada). No último ano, a cobertura atingiu 90,42% em crianças menores de 1 ano na cidade.
A coqueluche, também conhecida como pertussis ou tosse comprida, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella. Esta infecção pode ser fatal em crianças, levando à insuficiência respiratória. A vacina pentavalente, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos 2, 4 e 6 meses de vida, é fundamental para prevenir a doença.
Além disso, são recomendadas duas doses de reforço com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis), também conhecida como tríplice bacteriana infantil, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A coqueluche tende a se espalhar mais em períodos de clima ameno ou frio, como na primavera e no inverno, quando as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados.
A transmissão da coqueluche ocorre facilmente através do contato com a tosse ou secreções de uma pessoa infectada. Altamente contagiosa, a coqueluche pode resultar em até 17 casos secundários a cada infecção, tornando seu potencial de transmissão semelhante ao do sarampo e da varicela, e muito maior do que o da covid-19.
Os casos de coqueluche se dividem em fases distintas, começando com a fase catarral, seguida pela fase paroxística e, por fim, a fase de convalescença. A tosse seca e persistente é um dos sintomas mais característicos da doença, podendo durar meses após a infecção.
O aumento dos casos de coqueluche não é um fenômeno exclusivo do Brasil, mas sim de vários países ao redor do mundo. Um dos principais motivos para esse aumento é a baixa cobertura vacinal, que ocorre de forma cíclica a cada três a cinco anos. Esse cenário foi agravado durante a pandemia, quando a cobertura vacinal para diversas doenças, incluindo a coqueluche, diminuiu significativamente.
O infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira ressalta a importância de garantir não apenas a imunização das crianças, mas também das gestantes, pois os anticorpos transmitidos da mãe para o bebê podem oferecer uma proteção adicional nos primeiros meses de vida. A cobertura vacinal das gestantes ainda é baixa, e aumentá-la pode contribuir significativamente para reduzir a circulação da doença.
Fonte: @ Agencia Brasil
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