Trabalhador brasileiro pode anualmente retirar uma parcela de seu FGTS no mês de aniversário (saque-aniversário). Modalidade de saque alíquota variada, dependendo de saldo. Fundo de Garantia (saldos das contas) do empregado, sob governo federal considera ameaça. Empréstimo consignado, E-Social excluded. (145 caracteres)
Desde 2020, o saque-aniversário do FGTS tem sido bastante popular entre os trabalhadores brasileiros. A maioria dos entrevistados, cerca de 88%, já está familiarizada com essa opção, que possibilita sacar anualmente, no mês do aniversário, parte do seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Além disso, o FGTS é uma importante fonte de segurança financeira para os trabalhadores, garantindo um suporte adicional em momentos de necessidade. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço representa um benefício valioso, que pode ser utilizado de forma estratégica ao longo da vida profissional.
Impacto do Saque-Aniversário do FGTS na Economia Brasileira
Desde que o saque-aniversário do FGTS foi implementado, o debate sobre sua extinção tem gerado opiniões divergentes entre os brasileiros. Segundo a pesquisa Radar Febraban realizada no segundo bimestre de 2024, 45% dos entrevistados são a favor de manter essa modalidade, enquanto outros 45% preferem retornar ao regime anterior, no qual o FGTS só podia ser acessado em situações específicas.
O governo federal tem considerado a possibilidade de acabar com o saque-aniversário, argumentando que ele representa uma ameaça à sustentabilidade do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço. Estima-se que 66% dos trabalhadores com contas ativas no FGTS possuem saldos de até quatro salários mínimos, o que equivale a R$ 5.648,00. Dentre esses trabalhadores, quase metade aderiu ao saque-aniversário.
Até 2030, estima-se que essa modalidade de saque consumirá cerca de R$ 262 bilhões, montante que poderia financiar a construção de 1,3 milhão de moradias, uma das finalidades do FGTS. Diante desse cenário, o governo planeja substituir o saque-aniversário por um empréstimo consignado através do E-Social, visando garantir a sustentabilidade do fundo.
Para as instituições financeiras que oferecem crédito antecipado com base no saque-aniversário, o fim dessa modalidade é encarado de forma negativa. Associações do setor defendem que a proposta de facilitar o consignado privado deve ser complementar, não substitutiva, ao saque-aniversário.
A pesquisa da Febraban revela que 63% dos entrevistados consideram o saque-aniversário do FGTS benéfico para o trabalhador brasileiro. Enquanto o debate continua, é importante que o trabalhador compreenda as vantagens e desvantagens tanto do saque tradicional quanto do saque-aniversário.
Segundo a Caixa Econômica Federal, o valor do saque anual no saque-aniversário é determinado por uma alíquota que varia de 5% a 50% sobre o total dos saldos das contas do FGTS do trabalhador. Por exemplo, um trabalhador com R$ 1 mil no FGTS pode sacar R$ 450,00, considerando uma alíquota de 40% e uma parcela adicional de R$ 50,00.
A pesquisa também aponta que 27% dos entrevistados já utilizaram o saque-aniversário, enquanto 11% pretendem fazê-lo no futuro. Por outro lado, 25% da população afirmou que não pretende aderir a essa modalidade.
Para decidir se o saque-aniversário é adequado, especialistas recomendam considerar fatores comportamentais, o saldo disponível no FGTS, a existência de uma reserva de emergência e o perfil de investidor. A decisão deve levar em conta se o dinheiro será melhor utilizado no momento do saque ou se seria mais vantajoso mantê-lo investido em busca de maior rentabilidade.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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