Deena Saunders, mesmo sob pressão, defendeu seu funcionário após briga por vaga de carro, destacando a ética da empresa e responsabilidade social.
A prática do cancelamento nas redes sociais tem se tornado uma forma de pressionar indivíduos, empresas ou eventos devido a comportamentos julgados como inaceitáveis. Recentemente, Nigel Ford, que trabalha na Green Pines Media, uma organização dedicada a ajudar artistas em dificuldades a rentabilizar suas criações, foi alvo dessa situação. Depois que um vídeo dele, envolvendo uma briga por uma vaga de estacionamento, se espalhou pela internet, um grande número de pessoas clamou pelo seu cancelamento.
Esse tipo de reação pode levar a um verdadeiro ostracismo, onde a pessoa ou a marca é excluída do convívio social e profissional. O caso de Nigel é um exemplo claro de como a pressão popular pode resultar em consequências drásticas, afetando não apenas a carreira do indivíduo, mas também sua vida pessoal. O impacto do cancelamento pode ser devastador.
Defesa em meio ao cancelamento
No entanto, a chefe de Ford, Deena Saunders, decidiu defendê-lo em um vídeo que foi publicado no TikTok em agosto, o qual já acumula mais de 4 milhões de visualizações e 350 mil curtidas. As leis trabalhistas da Califórnia, onde o incidente ocorreu, permitiriam que Saunders demitisse Ford por justa causa. Contudo, ela optou por não julgá-lo com base em um vídeo embaraçoso nas redes sociais, mas sim pelo caráter que conhece no dia a dia. ‘Estamos tentando fazer negócios de uma forma diferente, da maneira como eu gostaria que nossa sociedade, cultura e outros empregadores agissem. Somos todos humanos’, afirmou Saunders ao Business Insider.
O impacto do vídeo viral
Ela tomou conhecimento do vídeo através de seu marido, que o viu sendo compartilhado por Danesh, um criador de conteúdo com 1,9 milhão de seguidores, conhecido por expor comportamentos inadequados em público. O vídeo, que foi inicialmente postado no TikTok por uma mulher chamada Manuela, rapidamente se tornou viral. Nele, Ford é visto encostando no carro durante uma discussão, enquanto duas mulheres o chamam de ‘louco’. Uma delas provoca, insinuando que ‘onde quer que você trabalhe, vão adorar isso’, sugerindo que ele poderia enfrentar punições.
Responsabilidade e postura ética
Entretanto, Saunders defendeu Ford, afirmando que ele é geralmente ‘educado’ e ‘um cara legal’. Após o incidente, ela procurou Ford para entender melhor a situação, e ele, envergonhado, pediu desculpas por ter perdido a calma. ‘Resolvemos a situação internamente, e ficou tudo bem’, explicou Saunders, enfatizando que sua empresa prioriza ‘as pessoas antes dos lucros’.
Reações ao cancelamento
Devido a essa postura, ela mencionou que recebeu e-mails exigindo a demissão de Ford, com alguns ameaçando boicotar a empresa caso isso não ocorresse. Ford também se manifestou publicamente, postando um vídeo em seu Instagram, onde pediu desculpas à mulher no carro por ter reagido ‘mal’ e expressou seu desejo de assumir a responsabilidade pelo ocorrido.
Reconhecimento nas redes sociais
A atitude de Saunders recebeu elogios de internautas, que destacaram sua postura ética. ‘Essa é a resposta mais autêntica, humana e genuína que já vi neste aplicativo’, comentou um usuário. O caso levanta questões sobre a cultura do cancelamento e como a exclusão e o ostracismo podem impactar a vida de indivíduos, especialmente em situações onde a responsabilidade social e a ética da empresa são colocadas à prova.
Fonte: @ PEGN
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