Bancos questionavam rigorosas propostas de capital obrigatório, afetando lucros e empréstimos. Reguladores avançam em versão mais flexible. Fed, principais autoridades negociam acordo final do ano, alterando capital propostas. Reuniões lideradas por Jerome Powell e Michael Barr.
Publicidade O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, e outros CEOs de grandes empresas têm desafiado as regras de capital desde o ano passado, o que tem causado certa dificuldade para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em suas propostas para aumentar a exigência de capital dos credores. No entanto, parece que essa resistência está surtindo efeito.
Recentemente, houve um debate intenso sobre a regulamentação bancária e a necessidade de um mínimo capital mais elevado para garantir a estabilidade financeira. Os esforços dos CEOs em questionar as regras de capital têm levado a uma reflexão mais profunda sobre a importância da regulamentação bancária e a manutenção de um mínimo capital sólido para evitar crises no setor financeiro. Essa abordagem desafiadora está impactando as discussões sobre o futuro das políticas financeiras.
Revisões nas Regras de Capital: Negociações em Andamento
O Federal Reserve e outros órgãos reguladores estão avançando em direção a um novo plano que visa reduzir os requisitos de capital para os maiores bancos dos EUA. Essa mudança implicaria em uma diminuição significativa no aumento obrigatório de capital, de acordo com fontes próximas ao assunto.
Os aumentos de capital exigidos para instituições como JPMorgan e Goldman Sachs, destinados a garantir que possuam reservas adequadas para absorver possíveis perdas, seriam, em média, cerca da metade do valor originalmente proposto.
As principais autoridades envolvidas na regulamentação bancária, incluindo o Federal Reserve, a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) e o Office of the Comptroller of the Currency (OCC), estão atualmente engajadas em negociações técnicas e substanciais. Ainda não há garantias de que um acordo será alcançado, mas há a possibilidade de que um plano esteja pronto até o final do ano.
Se aprovado, esse plano representará uma grande vitória para os bancos e para Dimon. Os bancos argumentam que as regras de capital originalmente propostas teriam impactado negativamente seus lucros e limitado suas atividades de empréstimo.
Essa mudança também sinaliza uma alteração no equilíbrio de poder entre as grandes instituições financeiras e os órgãos reguladores, marcando o início de uma nova era em que o controle não está centralizado no Federal Reserve.
Durante uma reunião em Washington no outono passado, Dimon aconselhou seus colegas CEOs a não darem atenção a Michael Barr, vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve e principal responsável pelo plano original. Em vez disso, ele encorajou os banqueiros a pressionarem outros líderes do Fed, especialmente o presidente Jerome Powell, para modificarem as propostas de capital.
Os CEOs dos grandes bancos dos EUA se encontraram com Powell e outros dirigentes do Fed diversas vezes ao longo do último ano, conforme consta no calendário público do banco central. Dimon, em particular, teve quatro reuniões ou chamadas com Powell.
Recentemente, o Federal Reserve divulgou os calendários de Barr, revelando que ele se reuniu 15 vezes com os CEOs dos principais bancos dos EUA durante o mesmo período. Um porta-voz do Fed afirmou que Barr também teve encontros com Dimon em abril e maio. Barr declarou que não se sentiu excluído das discussões do lobby bancário.
Fonte: @ Info Money
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