Regulador iniciou processo em 2021 para investigar operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários; Proposta de acordo com clientes foi rejeitada em 2022.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou a acordo feita por André Massao Onomura e Renato Sanches Gonzales Junior, gestores da Bluebenx, organização que atua na área de investimentos em criptomoedas, envolvida em casos de fraude e práticas irregulares na oferta de serviços.
A decisão da CVM demonstra que a instituição está atenta a práticas não convencionais no mercado financeiro, reforçando seu compromisso de coibir ofertas que não estejam de acordo com as normas estabelecidas. A rejeição do acordo proposto evidencia a postura firme da entidade reguladora em garantir a proteção dos investidores e a integridade do mercado.
Identificação de oferta irregular resulta na rejeição da proposta pela CVM
De acordo com o comunicado do regulador do mercado de capitais, a proposta foi rejeitada por não ter apresentado evidências de que a atuação irregular foi interrompida. Além disso, a empresa não comprovou ter condições financeiras para restituir os lucros obtidos com as práticas questionáveis nem para compensar os clientes prejudicados nas transações. O processo administrativo, iniciado pela CVM no ano anterior para investigar uma possível operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários e de oferta pública sem registro, esclareceu o cenário.
Interrupção imediata de ofertas suspeitas pela CVM
Em novembro de 2022, a CVM emitiu uma ‘stop order’, proibindo imediatamente as atividades de oferta e intermediação de recursos para investimentos no mercado, após suspeitas de ofertas irregulares. Naquela ocasião, a área técnica da autarquia identificou irregularidades nas ofertas dos produtos de investimento BENX, Defi 90 dias, Defi 180 dias, Defi 360 dias e CriptoSavings, disponíveis no site da empresa. Paralelamente, houve investigação sobre possível operação fraudulenta em valores mobiliários.
Autorização não conferida e denúncias de fraude marcam o caso Bluebenx
A CVM também enfatizou que a Bluebenx e seus sócios administradores na época, Roberto de Jesus Cardassi e William Tadeu Batista Silva, não possuíam autorização para atuar no mercado. A polêmica envolvendo a Bluebenx teve início em agosto de 2022, quando clientes denunciaram a empresa por fraudes, devido ao bloqueio de resgates e à falta de prestação de informações sobre a situação financeira. A empresa alegou ter sido vítima de um golpe e prometeu restituir os recursos bloqueados, mas as denúncias persistiram.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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