Análise com base na regra de Sahm aponta crise inicial nos EUA. Como é feita esta avaliação? É irrefutável? Modelo econômico amplamente utilizado com Indicadores de desemprego Estadual.
A regra na Bolsa de Valores não surge do nada. O ponto de partida foi a publicação do relatório sobre os empregos nos EUA, conhecido como ‘payroll‘, liberado na última sexta-feira (2/8).
Modelo econômico e indicadores de desemprego são elementos cruciais para entender a situação financeira atual. A análise desses fatores pode fornecer insights valiosos sobre os rumos da economia. Fase
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A análise desses dados econômicos pelos especialistas gira em torno de um conceito que tem ganhado destaque recentemente: a regra de Sahm. Dedicada à economista Claudia Sahm, esta teoria econômica é amplamente reconhecida por sua capacidade de detectar o início de uma recessão com base nos indicadores de desemprego. Para simplificar, de acordo com essa regra, a crise inicial de uma crise econômica pode ser identificada quando a média móvel de três meses da taxa de desemprego nos EUA está pelo menos 0,5 ponto percentual acima do seu menor nível nos últimos 12 meses.
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Entender a regra de Sahm pode ser desafiador, por isso, vamos a um exemplo concreto que gerou grande agitação nos mercados recentemente. Em julho, os dados de desemprego nos EUA mostraram uma taxa de 4,3%. Com essa informação, a média móvel de três meses da taxa de desemprego ficou em 4,1%. A regra de Sahm entra em ação neste momento: se essa média estiver 0,5 ponto percentual ou mais acima do menor nível dos últimos 12 meses, um sinal de recessão é acionado.
Portanto, o menor nível da taxa de desemprego nos EUA nos últimos 12 meses foi de 3,5%, abaixo da média móvel após o aumento do desemprego em julho. Esses números levantam questões sobre a confiabilidade desse modelo econômico diante de uma possível recessão. A incerteza paira sobre os investidores, relembrando o famoso dilema do general Macbeth em relação ao destino inexorável ou profecia auto realizável.
No entanto, a regra de Sahm tem sido bastante precisa no passado, detectando o início de recessões nos EUA em todas as ocasiões. Esta consistência gera ansiedade nos mercados financeiros, pois a perspectiva de uma recessão nos EUA desencadearia uma reação em cadeia global. Se a economia americana desacelerar, impactará negativamente outros países, criando um efeito dominó nas economias mundiais.
A desaceleração da economia chinesa, a segunda maior do mundo, também contribui para esse cenário. Embora não esteja entrando em recessão, a China está crescendo a um ritmo mais lento, o que impacta o consumo e os mercados internacionais. Isso leva a um cenário preocupante, onde a queda no consumo e nos investimentos é quase inevitável.
Assim, no caso de uma recessão nos EUA, a desaceleração global é praticamente garantida. Com isso, os mercados financeiros reagem negativamente, refletindo a diminuição do consumo, tanto de bens como de serviços. Em um cenário de economias desaquecidas e alto desemprego, a tendência é de queda nos preços em diversos setores, afetando a economia como um todo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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