Prédios de uso misto: solução urbana com estrutura corporativa, lajes e áreas de lazer, unindo unidades residenciais e comerciais em um só ponto.
Os prédios de uso multifuncionais são vistos como uma alternativa inovadora para as cidades em constante crescimento. Arquitetos e construtoras acreditam que esse conceito representa uma transformação nos prédios convencionais, proporcionando soluções criativas para os desafios urbanos atuais. A integração de diferentes funções em um único espaço visa otimizar o aproveitamento do solo e promover uma convivência mais harmoniosa entre os moradores e trabalhadores.
Além disso, os prédios híbridos são considerados uma tendência promissora no mercado imobiliário. A versatilidade dessas construções permite a combinação de diferentes usos, como residencial, comercial e de serviços, em um mesmo empreendimento. Essa abordagem inovadora não só contribui para a diversificação dos imóveis disponíveis, mas também para a criação de espaços mais dinâmicos e sustentáveis nas áreas urbanas. A adaptação dos edifícios para atender às demandas contemporâneas reflete a busca por soluções inteligentes e eficientes no planejamento das cidades do futuro.
Prédios de uso misto: uma tendência em ascensão
Por trás desta tendência, surgem questionamentos sobre os benefícios e características desta tipologia, enquanto investidores e empresas proeminentes do mercado imobiliário investem em empreendimentos grandiosos que se enquadram nesse formato. Mas afinal, o que define um edifício de uso misto? Trata-se de uma estrutura que reúne em um mesmo local prédios ou unidades com diferentes finalidades, como residenciais, comerciais e de lazer.
Na prática, os edifícios de uso misto são construções multifuncionais que combinam apartamentos residenciais, lojas, escritórios, restaurantes, hospitais, áreas de lazer e salas comerciais em um único espaço. Essas construções híbridas têm se destacado na era da mobilidade, à medida que as cidades crescem e a demanda por imóveis multifuncionais aumenta.
O conceito de edifícios de uso misto não é novo no cenário da arquitetura global, tampouco no Brasil. No entanto, à medida que o urbanismo se desenvolve e as cidades se expandem, esses empreendimentos se tornam cada vez mais relevantes e populares. Um exemplo disso é o Passeio Paulista, um prédio localizado na Avenida Consolação, região central de São Paulo, que integra lajes corporativas, lofts residenciais e uma galeria de lojas em um único complexo.
Desenvolvido pelo renomado escritório de arquitetura aflalo/gasperini, o projeto do Passeio Paulista inclui uma praça arborizada no térreo e uma via urbana que conecta duas importantes ruas da cidade. A busca pela fruição urbana é um dos pontos-chave na caracterização dos prédios de uso misto, que precisam oferecer acesso direto às ruas e promover a interação com o ambiente urbano.
Para Rosseto, conselheira do CAU/SP, os edifícios de uso misto desempenham um papel crucial na construção de cidades mais compactas e integradas. Em um contexto onde muitos bairros são vistos apenas como áreas residenciais, essas construções multifuncionais se tornam essenciais para promover a diversidade de usos e atividades em um mesmo local.
Além disso, os prédios de uso misto contribuem para a segurança e vitalidade das áreas onde são implantados, ao incentivar o uso do espaço público e a circulação de pedestres. Essa abordagem contrasta com a ideia de bairros isolados e condomínios fechados, promovendo uma cidade mais inclusiva e dinâmica.
Thomaz Assumpção, CEO da consultoria Urban Systems, compartilha da visão de que os edifícios de uso misto são essenciais para a criação de cidades mais conectadas e funcionais. Ao reduzir o tempo de deslocamento entre trabalho, residência e lazer, essas construções promovem uma maior integração e qualidade de vida para os moradores e usuários.
Fonte: © Estadão Imóveis
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