Disparidade salarial é maior entre mulheres negras, que ganham metade do rendimento médio de homens não negros, segundo o Relatório de Transparência Salarial.
No Brasil, a desigualdade salarial é um problema persistente, especialmente quando se trata da remuneração de homens e mulheres. De acordo com o 2° Relatório de Transparência Salarial, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres recebem, em média, 20,7% menos do que os homens nas 50.692 empresas com 100 ou mais empregados no país.
Essa desigualdade salarial é um exemplo claro de desequilíbrio no mercado de trabalho, onde as mulheres são prejudicadas em relação aos homens. A média salarial de homens é de R$ 4.495,39, enquanto a das mulheres é de R$ 3.565,48. Essa diferença salarial é um reflexo da injustiça que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, onde elas são frequentemente subvalorizadas e subremuneradas em relação aos homens. É preciso mudar essa realidade e trabalhar para uma sociedade mais justa e igualitária.
Desigualdade Salarial: Um Problema Persistente no Brasil
O relatório mais recente sobre a desigualdade salarial no Brasil apresenta um cenário preocupante. Em comparação com o primeiro relatório divulgado em março deste ano, a diferença salarial entre homens e mulheres aumentou para 20,5%. Essa disparidade é um reflexo da discriminação e da injustiça que ainda persistem no mercado de trabalho brasileiro.
O relatório analisou mais de 18 milhões de vínculos formais em 2023, com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023. A massa de rendimentos é de R$ 782,99 bilhões, distribuída entre 10,8 milhões de homens e 7,2 milhões de mulheres. No entanto, a desigualdade salarial é mais acentuada quando se considera a variável racial. Mulheres negras ganham, em média, R$ 2.745,26, apenas metade do que ganham homens não negros, que têm um rendimento médio de R$ 5.464,29.
A desigualdade racial é um desequilíbrio que afeta não apenas a renda, mas também a oportunidade de acesso a cargos de direção e gerência. Mulheres negras são subrepresentadas em cargos de liderança, e apenas 27,9% das empresas têm políticas de incentivo à contratação de mulheres negras. Além disso, 42,7% das empresas possuem entre 0% e 10% de mulheres pretas ou pardas em seu quadro de funcionários.
Desigualdade Salarial: Um Obstáculo à Igualdade de Gênero
A desigualdade salarial é um obstáculo significativo à igualdade de gênero no Brasil. Em cargos de direção e gerência, mulheres ganham 27% a menos do que homens que ocupam as mesmas posições. Em funções de nível superior, essa diferença chega a 31,2%. Além disso, apenas 55,5% das empresas que participaram do levantamento adotam planos de cargos e salários como base para a definição de remunerações.
Para combater essa desigualdade, o Ministério das Mulheres e o Ministério do Trabalho e Emprego lançaram um plano com 79 ações para promover a igualdade salarial e laboral entre mulheres e homens. O plano tem previsão orçamentária de R$ 17 bilhões e é dividido em três eixos: acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho, permanência das mulheres nas atividades laborais e ascensão e valorização profissional das mulheres no mundo do trabalho.
Rosane Silva, secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, destacou a importância do plano para alcançar a igualdade salarial no Brasil. ‘São 79 ações voltadas para incluir as mulheres no mundo do trabalho, assegurar sua permanência e ampliar sua participação, passando por formação em carreiras de tecnologia e políticas de compartilhamento das responsabilidades domésticas’, explicou.
Relatório de Transparência Salarial: Um Passo em Direção à Igualdade
O Relatório de Transparência Salarial é um importante instrumento para combater a desigualdade salarial no Brasil. O relatório fornece informações detalhadas sobre a remuneração dos funcionários, permitindo que as empresas identifiquem e corrijam as disparidades salariais. Além disso, o relatório também fornece informações sobre a composição da força de trabalho, incluindo a presença de mulheres e minorias em cargos de liderança.
A publicação do Relatório de Transparência Salarial é um passo importante em direção à igualdade salarial no Brasil. No entanto, é fundamental que as empresas e o governo continuem a trabalhar juntos para combater a desigualdade salarial e promover a igualdade de gênero no mercado de trabalho.
Fonte: @ PEGN
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