Americana conquista ouro no individual geral com salto de grau alto em Paris; repetirá na final do salto feminino. Diego Hypólito explica complexidade.
Simone Biles deu um salto de costas na Arena Bercy, em Paris, e iniciou sua jornada em busca do ouro no individual geral com o movimento único que só ela consegue executar: o Yurchenko Double Pike, também chamado de Biles II. A manobra foi oficialmente reconhecida no Mundial de Antuérpia do ano passado, quando Simone a realizou pela primeira vez, demonstrando sua habilidade excepcional no salto.
No segundo movimento, Biles impressionou a plateia com suas acrobacias e ginástica de alto nível, conquistando a admiração de todos os presentes. Sua destreza e precisão nos saltos a colocaram em uma posição de destaque, mostrando por que é considerada uma das melhores ginastas de todos os tempos.
Simone Biles e o Salto de Alto Risco
Tanto que só ela o faz. E deve repetir na final por aparelhos do salto, neste sábado (3), às 11h20. Mas por que o salto da americana é tão difícil em relação aos de Rebeca Andrade e os de outras rivais? – Esse salto que a Simone faz é um salto de alto risco. Se ela entra mal, ela pode até morrer – diz o ex-ginasta, medalhista olímpico e comentarista Diego Hypólito. O Yurchenko Double Pike é um movimento impressionante, onde a ginasta inicia com uma rondada, dá uma volta completa com apoio do trampolim e entra de costas na mesa de salto. A complexidade e a altura do salto feminino exigem um grau alto de habilidade e força. Diego Hypólito faz um comparativo com a ginástica masculina para explicar o grau de dificuldade: a mesa de salto feminina é mais baixa, aumentando o nível de força necessária para a impulsão. A mesa feminina tem 1,25m de altura, tornando o salto ainda mais desafiador. A nota de partida para o Biles II é de 16.400, muito acima dos demais, devido à sua complexidade e grau alto de dificuldade. A execução perfeita é fundamental, pois qualquer falha pode resultar em lesões graves. As acrobacias realizadas por Biles são tão complexas que somente ela consegue executá-las com maestria. A história do Biles II teve início em maio de 2021 e desde então tem sido um marco na ginástica artística feminina.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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