Abin monitorou ilegalmente jornalistas, entidades e representantes profissionais, usando ferramentas de espionagem na chamada Operação Abin Paralela.
O monitoramento ilegal de jornalistas por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro é considerado uma ação que fere a liberdade de imprensa e os direitos fundamentais desses profissionais. A prática de monitoramento ilegal de jornalistas é repudiada pela sociedade e pelas organizações que defendem a liberdade de expressão.
Essa ação de espionagem e violação da privacidade dos profissionais da imprensa revela um cenário preocupante de atos irregulares por parte da Abin. A monitoramento ilegal de jornalistas é uma paralela que ameaça a democracia e a transparência no país, evidenciando uma clara violação dos direitos e garantias constitucionais. A liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia, e qualquer tentativa de cerceá-la deve ser combatida com veemência.
Investigação da Polícia Federal (PF) revela monitoramento ilegal jornalistas
A recente investigação da Polícia Federal (PF) trouxe à tona um escândalo envolvendo agentes lotados na Abin que utilizaram ferramentas de espionagem adquiridas pelo órgão para monitorar ilegalmente jornalistas, autoridades do Judiciário, do Legislativo e da Receita Federal, bem como personalidades públicas. Esses atos irregulares teriam ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro, levantando questões sobre a violação da liberdade de imprensa e a conduta ética das entidades responsáveis.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) denunciou as atividades da chamada Abin Paralela como ilegais e criminosas, caracterizando-as como um ataque direto à liberdade de imprensa. A entidade destacou a gravidade da utilização abusiva de serviços de espionagem como uma clara tentativa de cercear o livre exercício do jornalismo e comprometer o sigilo da fonte, princípios fundamentais da profissão.
Repúdio aos atos de espionagem e violação da liberdade de imprensa
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também se manifestou, repudiando veementemente os atos cometidos pela Abin Paralela, sob a liderança do delegado da PF Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro. A Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI (CDLIDH) condenou o uso indevido de software federal para espionar e monitorar jornalistas e agências de checagem, classificando tais práticas como uma afronta à privacidade e um atentado ao Estado Democrático de Direito.
Em fevereiro deste ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), em conjunto com a ABI e a Fenaj, solicitou ao Supremo Tribunal Federal a divulgação dos nomes dos jornalistas que foram alvo de espionagem ilegal pela Abin Paralela. O pedido fundamentou-se no direito constitucional ao sigilo da fonte e à privacidade, reforçando a importância da transparência e da proteção dos profissionais da imprensa.
Impacto do monitoramento ilegal jornalistas na sociedade
A revelação de que jornalistas renomados, como Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista, foram monitorados ilegalmente gerou indignação e preocupação na sociedade. Em uma entrevista à Band News, Mônica Bergamo expressou surpresa ao descobrir que seu nome estava na lista de monitorados, destacando a gravidade da situação. Ela ressaltou a inaceitabilidade de um órgão do Estado monitorar cidadãos de forma arbitrária e tentar minar a liberdade de expressão.
Diante desses acontecimentos, a sociedade civil e as entidades representativas dos jornalistas exigem uma investigação rigorosa e transparente para esclarecer os abusos cometidos pela chamada Abin Paralela. A defesa da liberdade de imprensa e do direito à informação torna-se ainda mais premente diante de atos que visam silenciar vozes críticas e cercear a atuação da imprensa independente.
Fonte: @ Agencia Brasil
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