Saldo do Dia: Ata do Fed indica possibilidade de aumento de juros. Mercado reage com fuga de ativos de risco, desinvestimento em ações e valorização do dólar.
Mais um desafio nesta viagem chamada mercado de ações do Brasil. Os juros estão subindo e os investidores estão atentos a cada movimento. O impacto dos juros pode ser sentido em diferentes setores da economia.
O aumento das taxas de juros pode influenciar diretamente o comportamento dos investidores. É importante estar preparado para lidar com as mudanças no cenário econômico. Os juros são um fator crucial a ser considerado ao tomar decisões de investimento. embarcação
Impacto dos Juros na Bolsa Brasileira
A ata mais recente da última reunião do comitê de política monetária dos Estados Unidos ressaltou a persistência da inflação, indicando que a possibilidade de corte de juros ainda não está clara. O documento, que apresenta os pontos de consideração do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ao manter as taxas entre 5,25% e 5,5% ao ano, sinaliza que as taxas permanecerão elevadas por um período prolongado e até mesmo podem aumentar. A repercussão imediata foi a alta dos juros e do dólar, resultando em quedas nas bolsas de valores.
Após três dias seguidos de baixa, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, registrou uma queda de 1,38%, fechando em 125.650 pontos, saindo da marca de 127 mil pontos. No acumulado de 2024, o índice já apresenta uma redução de 6,36%. O mercado de ações brasileiro seguiu a tendência das bolsas de Nova York, que também recuaram devido às expectativas de juros mais altos.
Embora um dos indicadores de inflação, o CPI, tenha superado as previsões, os membros do comitê do Federal Reserve ainda enxergam a inflação distante da meta de 2% ao ano. A expectativa de que os juros permaneçam elevados por mais tempo afetou os investidores, levando a uma venda massiva de ativos de risco e aumento no volume de negociações na bolsa brasileira, que atingiu R$ 20,9 bilhões em um único dia, acima da média diária de R$ 17,5 bilhões dos últimos 12 meses.
A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, destacou que a ata revela a disposição de vários dirigentes em apoiar um aumento nos juros, caso os dados justifiquem. A possibilidade de um corte de 0,25 ponto ainda em 2024 voltou a ganhar força após a divulgação do documento. Antes da ata, o mercado previa um corte total de meio ponto, talvez iniciando em setembro.
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, enfatizou que a ata reflete a postura do Fed em manter a política monetária apertada por mais tempo, a menos que haja evidências de progresso em direção às metas estabelecidas. O mercado de trabalho é um dos pontos de consideração para uma possível flexibilização das taxas de juros, embora os dirigentes do Fed estejam cautelosos em relação a mudanças repentinas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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