Após tentativa de feminicídio, ela fingiu desmaio para fugir. Momento importante de intervenção rápida em situação terrível de agressão física.
A influenciadora brasileira Janaína Prazeres denunciou o namorado após tentativa de feminicídio na França. Ontem, 29, ela fez uma publicação nas redes sociais, relatando o ‘momento de dor e medo, mas também de coragem e superação’, segundo ela. ‘Compartilho com vocês um capítulo importante da minha vida. Recentemente, passei por uma situação terrível, sendo vítima de uma tentativa de feminicídio.
Infelizmente, casos de violência contra a mulher ainda são frequentes em todo o mundo. É fundamental que denúncias de feminicídio sejam feitas e que haja punições severas para quem comete tal crime contra mulher. A luta contra o crime de ódio deve ser constante, e a conscientização sobre a gravidade desses atos é essencial para a prevenção de mais casos como o de Janaína Prazeres.
Relato de sobrevivência após tentativa de feminicídio
Infelizmente, vivenciei um capítulo terrível de violência no dia 14 de maio em Paris, onde fui vítima de uma tentativa brutal de feminicídio. Fui alvo de um enforcamento e estrangulamento, além de ter sido agredida com diversos golpes na face, em um ato hediondo de crime de ódio contra a mulher.
Após o momento de dor e desespero, consegui ser socorrida no hotel onde estava hospedada. Ao recobrar a consciência após a agressão física, tive a rápida percepção de fingir estar desacordada para buscar uma oportunidade de escapar e pedir ajuda, em meio a uma situação aterradora.
A polícia foi acionada e fui encaminhada para o hospital, onde os danos da violência se tornaram evidentes. Vomitava sangue e minha visão do olho esquerdo foi comprometida, em consequência dos atos de violência extrema que sofri.
A intervenção rápida e eficaz das autoridades francesas e dos socorristas foi crucial para minha segurança e sobrevivência, em um momento de extrema vulnerabilidade. Janaína, nome que representa a coragem diante da adversidade, enfrentou fraturas no nariz, no maxilar e na órbita ocular esquerda, marcas físicas de um crime que deixará cicatrizes profundas.
No dia 17 de maio, retornei ao Brasil, onde fui imediatamente conduzida a um hospital para intervenção médica urgente. Os dias que se seguiram foram permeados por intensa dor e tristeza, em um capítulo sombrio que exigirá um longo processo de recuperação física e emocional.
Após receber alta no dia 21 de maio, permaneço em minha residência, cercada pelo apoio de familiares e amigos, em um momento de reconstrução e superação. Em entrevista recente, compartilhei a angústia de ter pensado que minha vida chegara ao fim, em um relato marcado pela brutalidade do feminicídio tentado.
Este episódio serve como alerta para a urgência de combater a violência de gênero, um crime contra a mulher que não pode ser ignorado. É fundamental que continuemos a discutir abertamente essa realidade perturbadora, em busca de uma intervenção efetiva e de mudanças significativas em nossa sociedade.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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