Banco alterou cenário Selic sem cortes em próximas reunições de BC. Ciclo de juros fechou em patamar alto, termos: ciclo, reuniões, manutenção, juros, patamar, flexibilização, incerteza global, prazo inflação, economias, repreciação, diferenças membros, guidance, riscos, desinflação.
O Comitê de Política Monetária (Copom) está previsto para interromper o processo de redução das taxas de juros na próxima reunião, mantendo a taxa Selic em 10,50%, de acordo com o banco J.P. Morgan. Antes, o banco projetava mais duas quedas de 0,25 ponto percentual, encerrando o ciclo de flexibilização em 10%.
Para o Banco Central (BC), a decisão do Copom de manter a taxa Selic inalterada reflete a preocupação com a inflação e a estabilidade econômica do país. A expectativa é que o BC continue monitorando de perto os indicadores econômicos para tomar as melhores decisões para a economia brasileira.
O Copom e as Expectativas de Mercado
O Banco Central (BC) está no centro das atenções, com 42% dos agentes de mercado prevendo a manutenção dos juros no patamar atual. No entanto, a maioria não está nessa linha de pensamento. De acordo com o Termômetro da Selic do Valor Investe, a expectativa é que 56% acreditem que o BC poderá cortar a Selic em mais 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom em junho, encerrando assim o ciclo, com a taxa em 10,25% ao ano.
Antecipando uma possível pausa no ciclo de cortes, o relatório do J.P.Morgan, assinado pelos economistas Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira, sugere que a taxa Selic poderá ficar em 10,50% na próxima reunião, em vez dos dois cortes adicionais de 0,25 ponto percentual anteriormente projetados. As expectativas para a inflação de médio prazo parecem estar em ascensão, levando a essa possível mudança de cenário.
Os economistas destacam que a incerteza global e as diferenças entre os membros do colegiado do Copom estão influenciando as decisões. A ata do Copom divulgada recentemente surpreendeu ao mostrar divergências mais profundas entre os membros do que se imaginava. As visões sobre o custo-benefício das mudanças no guidance e o balanço de riscos para a inflação estão entre os pontos de discordância.
Além disso, o grupo que votou por um corte de 0,25 ponto percentual na última reunião ressaltou a dificuldade de interpretar as dinâmicas inflacionárias em meio a um cenário de incertezas crescentes. A incerteza econômica, especialmente após as enchentes no Sul do país, promete ser um tema relevante nas próximas discussões do Copom.
Essas análises refletem a complexidade das decisões a serem tomadas pelo Copom, em um cenário de reprecificação de cortes de juros e desafios tanto globais quanto locais. A próxima reunião promete ser crucial para definir os rumos da política monetária no Brasil.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo