Objeto sinaliza grau de deficiência visual por cor; lei em vigor em 180 dias; projeto de lei da presidência sanciona padrões para auxiliar pessoas com cegueira.
Para cada nível de deficiência visual, existem tonalidades para indicar a bengala e auxiliar na localização do usuário caso ele necessite de suporte.
Além disso, a ortose pode ser uma ferramenta importante para quem possui deficiência visual, proporcionando mais autonomia e segurança no dia a dia.
Lei de Bengala: Ampliando o Conhecimento sobre Órteses para Deficientes Visuais
Ampliar o conhecimento sobre o tema da deficiência visual é crucial, especialmente com a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à nova lei que estabelece que as órteses fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem seguir padrões de coloração de acordo com a solicitação do paciente. Os detalhes desse importante avanço foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 5.
A Lei 14.951, proposta discutida na Câmara a partir do projeto do deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) e aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em setembro do ano passado, tem como objetivo oferecer mais qualidade de vida às pessoas com problemas de acuidade visual.
Essa legislação, que entrará em vigor em 180 dias, concentra-se nas pessoas com cegueira, baixa visão e surdocegueira, baseando-se em cores que se tornaram padrão na identificação da bengala longa pela população com deficiência visual: Branca para cegueira, Verde para baixa visão (visão subnormal) e Vermelha e branca para surdocegueira.
De acordo com o texto, a avaliação da cegueira, baixa visão ou surdocegueira, se necessária, será realizada de forma biopsicossocial por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar. O SUS fornecerá a bengala longa na coloração solicitada pelo usuário, de acordo com sua percepção das barreiras que enfrenta para participar plenamente na sociedade.
Para o produtor de conteúdo Fernando Campos, que enfrentou a perda de visão devido a um tumor maligno ocular, a lei é crucial tanto para os deficientes visuais quanto para a população em geral. Ele destaca que a bengala é um guia muitas vezes mal interpretado, mas que as cores da bengala servem como alerta e sinalizador para ajudar as pessoas cegas.
A médica oftalmologista Fernanda Belga Ottoni Porto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e do comitê científico da Retina Brasil, ressalta que a proposta de colorir as órteses foi inspirada na ideia da professora argentina Perla Mayo, que iniciou o movimento Bengala Verde em 1996, focado em pessoas com baixa visão. A iniciativa, incorporada no Brasil há uma década, trouxe autonomia e segurança para os pacientes com baixa visão, demonstrando a necessidade de ajuda e o comprometimento dessas pessoas.
Fonte: @ Veja Abril
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