Deputada Célia Xakriabá nota de repúdio à crise humanitária e genocídio incentivado pelo garimpo ilegal, violando direitos indígenas.
Arthur Lira (PP) tomou a decisão, hoje (22), de adicionar Célia Xakriabá (PSOL) como integrante da comissão. A formação de uma comissão externa da Câmara dos Deputados para analisar a crise Yanomami gerou revolta entre os povos indígenas.
A comissão, que investigará a crise Yanomami, tem o objetivo de apurar as condições enfrentadas pela comunidade indígena. A inclusão de Célia Xakriabá como membro demonstra um passo importante para a conscientização e a busca por soluções para a crise. A atuação conjunta dos parlamentares e representantes indígenas é fundamental para garantir a proteção dos direitos e a preservação da Terra Yanomami.
Crise Yanomami: Investigação e Repúdio às Ações Políticas
A crise Yanomami, que tem gerado preocupação e indignação entre diferentes entidades, revela um cenário alarmante na maior terra indígena do Brasil. A demarcação de terras e os direitos das populações indígenas têm sido alvo de ataques por parte de deputados designados inicialmente para lidar com a situação.
Diante da mobilização e pressão, o presidente da Câmara, Arthur Lira, incluiu Célia Xakriabá como membro da comissão externa criada para investigar a crise humanitária dos Yanomami. A deputada Xakriabá, que visitou o território recentemente, denunciou o aumento do garimpo ilegal e do genocídio incentivado pelo governo.
Enquanto o garimpo e a malária continuam assolando as comunidades Yanomami, um estudo da Fiocruz apontou a contaminação por mercúrio em nove aldeias. A presença desse metal tóxico é resultado direto da atividade ilegal que tem impactado negativamente a saúde e o meio ambiente na região.
A comissão, sob coordenação da deputada Coronel Fernanda, terá sua primeira reunião em julho para aprovar o plano de trabalho. Além de Célia Xakriabá, outra indígena, Silvia Waiapi, integrará os esforços para investigar a crise Yanomami. Ambas representam uma voz importante na defesa dos direitos e da saúde das populações indígenas.
A nota de repúdio divulgada por entidades como a Hutukara Associação Yanomami e a Associação Wanasseduume Ye’kwana expressa a indignação diante das ações truculentas da Câmara dos Deputados. O uso político da dor e da morte do povo Yanomami para interesses pessoais é duramente criticado e repudiado por diversas organizações sociais.
A tese do Marco Temporal, que restringe os direitos indígenas à demarcação de terras, foi aprovada no Congresso, apesar de considerada inconstitucional pelo STF. O veto do presidente Lula foi derrubado, resultando na promulgação da Lei Federal 14.701/2023. Essa decisão levanta questionamentos sobre o respeito aos direitos constitucionais e a proteção das populações indígenas diante da crise Yanomami.
Fonte: @ Nos
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