O PCC teria expulsado operários da canalização do córrego Antonico, mas a obra segue, atendendo à necessidade básica de saúde dos moradores.
A obra teve início em 2020 e está prevista para ser concluída em um prazo de 30 meses. O córrego Antonico, que é o mais importante de Paraisópolis, costuma alagar durante as chuvas. Os moradores estão revoltados com a notícia de que o PCC teria expulsado os trabalhadores locais e trazido pessoas de outras regiões para erguer barracos e residir na área. A máquina está em funcionamento na obra de canalização do córrego Antonico, em Paraisópolis.
Além disso, a situação se agrava com a presença do PCC, que tem atuado de forma a dificultar a vida dos residentes. O Primeiro Comando da Capital é uma organização criminosa que tem gerado preocupações na comunidade, afetando não apenas a construção, mas também a segurança dos cidadãos. A intervenção do PCC na região é alarmante e precisa ser abordada com seriedade.
Demolição e Canalização em Paraisópolis
Recentemente, foi realizada a demolição de casas na comunidade de Paraisópolis, localizada na zona sul de São Paulo, com autorização judicial. Moradores e líderes comunitários contestam a alegação de que o PCC, ou Primeiro Comando da Capital, teria expulsado os trabalhadores envolvidos na obra de canalização do córrego Antonico, que corta a comunidade. O site Visão do Corre, em uma verificação feita no dia 4 de setembro, confirmou que a obra está em andamento, com cerca de vinte homens trabalhando e a remoção de doze caminhões de madeira provenientes de barracos demolidos.
Desmentindo Informações sobre o PCC
Uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em 3 de setembro, sugeriu que o PCC havia forçado a saída dos trabalhadores de uma obra avaliada em R$ 100 milhões. Um operário da Transvias, que é morador de Paraisópolis, desmentiu essa informação, afirmando: ‘Isso é mentira, falcatrua’. As margens do córrego Antonico passaram por demolições, e a retirada do entulho teve início em 4 de setembro de 2024.
A Necessidade da Canalização do Córrego
A reportagem da Folha mencionou ‘moradores ouvidos pela reportagem’ e afirmou ter tentado contato com ‘lideranças de Paraisópolis’, mas sem sucesso, não citando nomes. Os líderes comunitários com quem o Visão do Corre conversou afirmaram não ter recebido qualquer ligação do jornal. Janilton Oliveira, um conhecido representante da comunidade, expressou a necessidade de contestar essas informações: ‘Precisamos rebater essa safadeza’. Os moradores entrevistados enfatizam a importância da canalização do córrego Antonico, com Cláudio Fernandes, um professor de Educação Física que reside na região há 51 anos, afirmando que ‘desde moleque, essa obra é uma necessidade básica’.
Impactos da Demolição e Saúde Pública
Janilton Oliveira também comentou sobre o atraso nas obras, que ocorreu devido à resistência de alguns moradores que temiam perder suas casas. Ele destacou que muitos vão aos postos de saúde da área com doenças relacionadas ao esgoto que flui pelo córrego Antonico. ‘Ali é onde mais inunda, é importantíssimo fazer a obra, todo mundo da comunidade quer’, disse ele. A situação de saúde é preocupante, especialmente para aqueles que vivem nas margens do córrego.
A mãe de Jhonne Silva, que residia nas proximidades do córrego Antonico, viu sua casa desabar em 2022. Ela relatou que ‘quando chovia, a água chegava na altura da cama’.
Diálogo e Negociações com Moradores
Marcos Antônio Melo dos Santos, um morador de Paraisópolis há 44 anos e membro do Conselho Gestor da comunidade, participou de diálogos com os moradores que seriam afetados pela remoção de suas casas. Ele expressou sua confusão sobre as informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, afirmando: ‘Não tem nada a ver com crime organizado, o problema foram os moradores que tinham casas e estavam brigando para ficar’. Ele explicou que a obra teve uma pausa temporária, mas logo foi retomada, esclarecendo que a situação não envolvia a facção criminosa PCC.
Fonte: @ Terra
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