Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, está preso desde março sob suspeita de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a intimação do delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Barbosa encontra-se detido desde março deste ano sob suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. A investigação sobre o caso de Marielle Franco segue em andamento, buscando esclarecer todos os detalhes desse trágico acontecimento.
A morte de Marielle, vereadora conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos, chocou o país e repercutiu internacionalmente. As autoridades continuam empenhadas em esclarecer os motivos e os responsáveis pelo assassinato de Marielle Franco. Justiça e transparência são fundamentais para que a memória de Marielle seja honrada e para que casos como esse não se repitam. A sociedade clama por respostas e por justiça diante da trágica morte de Marielle.
Marielle Franco: Assassinato e Desdobramentos do Caso
Em um despacho recente, datado desta segunda-feira (27), o relator responsável pelo caso no Supremo Tribunal Federal determinou que a intimação do delegado seja feita por meio do seu advogado, a fim de que ele preste depoimento à Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou a denúncia em 7 de maio perante o STF.
A operação que culminou nas prisões foi conduzida em colaboração com a PGR e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. O desdobramento contou com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No decorrer do inquérito, a Polícia Federal utilizou dados de casos anteriores e eventos ocorridos nos últimos anos para concluir que a gestão de Rivaldo Barbosa na Polícia Civil resultou na formação de uma organização criminosa suspeita de diversos delitos, como corrupção, obstrução, tráfico de influência, fraudes processuais e abuso de autoridade.
Os investigadores se concentraram no período compreendido entre 2015 e 2019, durante a administração de Barbosa, apontado como possível mentor dos homicídios juntamente com os irmãos Chiquinho Brazão, atual deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, apontados como os possíveis mandantes do assassinato de Marielle e Anderson.
Conforme detalhado em relatório da Polícia Federal, a Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob a liderança de Rivaldo Barbosa, tornou-se um ambiente propício para a atuação impune de organizações criminosas de variadas naturezas.
O delegado assumiu a chefia da Divisão de Homicídios em outubro de 2015, permanecendo no cargo até março de 2018, quando foi designado como chefe da Polícia Civil, posição que ocupou até o término da intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2019.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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