Queda de J.P. Prates da presidência estatal é mal-recebida. Mercado questiona escolha de Magda Chambriard, PT politica. Mudança repentina, desenvolvimento ideológico, interina, nomeação, dialogando reação negativa, aprovada conselho administração, saída J.P., interim diretor financeiro, investidores relacionamento, queda lucro líquido, interferências políticas.
A alteração do presidente Luís Inácio Lula da Silva em demitir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi mal vista pelo mercado e gerou diversas especulações sobre o futuro da governança da empresa.
Essa mudança no comando da Petrobras causou uma verdadeira reviravolta no cenário econômico, levantando questionamentos sobre a estabilidade da companhia e as próximas alterações no comando que poderão ocorrer.
Mudança Repentina no Comando da Petrobras Gera Reações
Parte da incerteza com a alteração da queda de Prates, na noite de terça-feira, 14 de maio, se deve à nomeação imediata pelo governo federal para assumir a presidência da Petrobras. Magda Chambriard, com mais de duas décadas de experiência na estatal e atuando como consultora, apresenta um perfil ideológico desenvolvimentista, alinhado com a ala política do PT que defende uma participação maior do governo na empresa. Durante a gestão de Dilma Rousseff, Chambriard ocupou o cargo de diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A mudança repentina no comando da Petrobras foi recebida com reações negativas, especialmente devido à saída de Prates, que vinha mantendo um diálogo constante com o mercado e os representantes do governo. Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, expressou preocupação: ‘A alteração é desfavorável, Prates estava desempenhando um trabalho aceitável, interagindo com o mercado e os representantes do governo; Magda tem uma abordagem diferente dos acionistas, menos favorável ao mercado.’
A reação negativa à mudança repentina no comando da empresa foi evidente já na noite de terça-feira, quando as ações ordinárias da Petrobras registraram uma queda de 8% no after market da Bolsa de Nova York. No pregão seguinte, as ações da empresa continuaram em baixa, com a PETR4 caindo 5,7% e a PETR3, 6,8% por volta das 14h15 do dia 15 de maio. Isso resultou em uma redução do valor de mercado da Petrobras para R$ 507 bilhões, uma diminuição de R$ 35,3 bilhões em relação ao dia anterior.
A queda de Prates ocorreu logo após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre da estatal, que ficaram aquém das expectativas do mercado. A Petrobras apresentou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, representando uma queda de 37,9% em relação ao ano anterior e de 23,7% em comparação com o quarto trimestre de 2023.
Em comunicado oficial, a Petrobras anunciou não apenas a saída de Prates, mas também a saída do diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano Leite, e a nomeação da diretora executiva de assuntos corporativos, Clarice Coppetti, como presidente interina. A empresa confirmou que a nomeação de Magda Chambriard ainda está sujeita à aprovação do Conselho de Administração.
As constantes interferências políticas na Petrobras, que está prestes a ter seu sexto presidente em três anos, levaram analistas a prever uma normalização das ações no curto prazo. Apesar das crises envolvendo Prates e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, nos últimos 12 meses, as ações preferenciais da Petrobras tiveram um aumento de 50%. No entanto, no ano, essas ações tiveram apenas uma valorização de 1,9%.
Ressalta-se que o Goldman Sachs, em relatório aos clientes, fez uma observação importante: ‘Apesar dos conflitos entre a direção da empresa e o governo, a Petrobras testemunhou uma recuperação significativa.’
Fonte: @ NEO FEED
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