A corrida por ouro cresce com a compra anual de reservas, impulsionada por preocupações com inflação e riscos de crise em economias avançadas.
De vez em quando, o mercado presencia a discussão de que o ouro irá perder valor e destaque para outros ativos. Contudo, não foram raras as ocasiões em que essa história foi desmentida. A mais nova reviravolta nesse contexto é objeto de um estudo revelado na terça-feira, 18 de junho, pelo World Gold Council, ressaltando a importância do ouro como um ativo de refúgio.
Além disso, a pesquisa destaca a resiliência desse metal precioso em momentos de instabilidade econômica, reforçando sua posição como um commodity valioso e seguro. O ouro, conhecido por sua tonalidade amarela característica, continua a ser uma escolha confiável para investidores em busca de proteção em meio às flutuações do mercado.
Uma Nova Era para o Ouro: Crescimento e Estratégia
Segundo a WGC, estamos testemunhando uma nova corrida pelo ouro, um metal precioso e amarelo que tem sido um ativo de valor inegável ao longo da história. Essa tendência de crescimento do ouro surge como um contraponto à perda de popularidade do dólar, destacando a importância de diversificar as reservas em meio a um cenário de incertezas econômicas.
O marco inicial desse fenômeno é o aumento significativo das reservas de ouro pelos bancos centrais em 2023, com a adição de 1.037 toneladas do metal precioso. Essa foi a segunda maior compra anual da história, seguindo o recorde de 1.082 toneladas em 2022. Esses números impressionantes refletem a confiança renovada no ouro como uma reserva de valor estável em tempos de instabilidade.
A pesquisa realizada pela WGC, que entrevistou representantes de 70 bancos centrais em todo o mundo, revelou que 29% deles planejam aumentar suas reservas de ouro nos próximos doze meses. Esse é o maior nível de intenção de compra registrado desde o início da pesquisa em 2018, indicando uma mudança de perspectiva em relação ao metal metálico.
As motivações por trás dessas compras planejadas são diversas, mas incluem o desejo de reequilibrar estrategicamente as reservas de ouro, a produção interna do metal e as preocupações com os riscos financeiros, como a possibilidade de crises e o aumento da inflação. Essas estratégias visam garantir a estabilidade e a segurança das reservas em um ambiente econômico volátil.
Além disso, o estudo da WGC aponta para uma mudança de paradigma desde a crise de 2008, com os bancos centrais de economias emergentes se destacando como os principais compradores de ouro. Esse movimento reflete a crescente importância do metal amarelo como um ativo confiável em um mundo cada vez mais incerto.
Os dados também revelam que a participação do ouro nas reservas globais deve aumentar nos próximos cinco anos, de acordo com 60% dos bancos centrais de países ricos. Esse é um aumento significativo em relação aos 38% registrados em 2023, indicando uma mudança de percepção em relação ao metal precioso como uma commodity valiosa e segura.
Em paralelo, aproximadamente 13% dos representantes de economias avançadas planejam ampliar suas reservas de ouro em 2025, o que representa o nível mais alto desde o início da série histórica. Esse movimento reflete a crescente confiança no ouro como um ativo de longo prazo e uma ferramenta eficaz de diversificação em um mundo financeiro cada vez mais complexo.
Essa nova corrida pelo ouro ocorre em um momento de aumento significativo no preço do metal, que tem atingido recordes nos últimos meses. O ouro está sendo negociado acima de US$ 2.340 a onça-troy, um valor próximo do pico de US$ 2.460 em 12 meses. Esse desempenho impressionante reforça a atratividade do ouro como um investimento seguro em tempos de incerteza.
Em resumo, a busca por ouro como uma reserva de valor está em ascensão, impulsionada pela necessidade de diversificação e segurança em um cenário econômico global cada vez mais desafiador. O ouro continua a brilhar como um ativo confiável e valioso, demonstrando sua relevância contínua no mundo das finanças e dos investimentos.
Fonte: @ NEO FEED
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