Contas bancárias abertas em nome de imigrantes/refugiados na segunda fase da operação, com mandados de prisão, bloqueios e investigação de atividades ilícitas em empresas-alvo.
Nove meses após a prisão de dois suspeitos ligados à organização de atos terroristas no Brasil, a Polícia Federal (PF) iniciou, nesta quinta-feira (8), a segunda etapa da Operação Trapiche, investigando possíveis casos de financiamento do terrorismo em território nacional.
A operação visa desmantelar possíveis conexões entre os suspeitos e a organização terrorista, buscando evitar futuros atos terroristas no país. A PF intensificou os esforços para identificar e neutralizar qualquer ameaça que possa surgir de indivíduos ligados a grupos terroristas. A segurança nacional é prioridade diante da crescente preocupação com o terrorismo em solo brasileiro.
Operação contra o Terrorismo: Segunda Fase em Andamento
Desde as primeiras horas do dia, equipes de agentes federais estão executando uma fase operacional crucial, com o cumprimento de um mandado judicial de prisão preventiva e oito ordens de busca e apreensão. As ações estão sendo realizadas nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem, além de Brasília (DF) e São Paulo (SP). A Justiça Federal também determinou o sequestro de valores e bloqueios de contas bancárias, juntamente com a imediata suspensão das atividades de empresas-alvos da investigação.
Em comunicado oficial, a Polícia Federal revelou que os investigadores obtiveram evidências que apontam para o envolvimento do principal suspeito, identificado, mas não divulgado, em atos de terrorismo. Segundo as informações, o indivíduo se aproveitava da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas em seus nomes, sem o conhecimento dos mesmos. Essas ações eram supostamente utilizadas para movimentar recursos destinados a atividades ilícitas.
As provas coletadas indicam que os brasileiros recrutados para viagens ao exterior, onde passavam por entrevistas para serem selecionados pela organização terrorista, tiveram suas passagens aéreas financiadas com dinheiro proveniente do comércio ilegal de cigarros eletrônicos contrabandeados e comercializados em tabacarias no Brasil. A Polícia Federal afirmou que o apoio financeiro ao terrorismo estava vinculado a um vasto esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
A instituição destacou que a descoberta desse complexo sistema ocorreu durante uma operação anterior, deflagrada em setembro de 2022, com o intuito de combater a lavagem de dinheiro e as remessas de recursos ilícitos para o exterior, por meio da compra e venda de criptoativos. Os envolvidos poderão ser responsabilizados por crimes como contrabando, integração em organização terrorista, atos preparatórios e financiamento do terrorismo, bem como lavagem de dinheiro. As penas máximas para tais delitos somam 75 anos e 6 meses de reclusão.
Fonte: @ Agencia Brasil
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