Gestora focada levanta R$40 mi com emissão pública do PULV11, em parceria com o Inter, em cenário macroeconômico turbulento. PULV11 atinge R$120 mi de patrimônio.
Diante de um contexto macroeconômico desafiador e da necessidade de encontrar um parceiro, a RBR Asset optou por lançar a primeira oferta pública de cotas de seu fundo imobiliário (FII) dedicado ao crédito imobiliário pulverizado, fruto de uma colaboração com o Banco Inter.
Essa iniciativa representa uma oportunidade única para investidores interessados em financiamento imobiliário e crédito para construção, permitindo acesso a um portfólio diversificado de ativos do setor imobiliário. O fundo, focado em crédito imobiliário, reflete o compromisso da RBR Asset em oferecer soluções inovadoras e rentáveis para o mercado de investimento em imóveis.
Investimento em Imóveis e Crédito Imobiliário: Estratégias da RBR
A gestora, especializada nos setores imobiliário e de infraestrutura e com mais de R$ 10 bilhões sob gestão, obteve cerca de R$ 40 milhões por meio da emissão de cotas do PULV11, com a Inter DTVM liderando a oferta. Inicialmente prevista em R$ 100 milhões, a captação foi ajustada para R$ 50 milhões devido ao cenário macroeconômico turbulento.
O montante levantado, embora modesto em comparação com os padrões de mercado e com captações anteriores da RBR, como os R$ 450 milhões do FII RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) no ano passado, foi considerado positivo por Guilherme Antunes, sócio da RBR e gestor de crédito imobiliário. Ele destacou que, dadas as circunstâncias, o resultado foi satisfatório.
Antunes ressaltou que, no atual cenário, atrair investidores para novas estratégias de investimento, incluindo crédito para construção, tornou-se desafiador devido ao aumento do custo de oportunidade. No entanto, ele enfatizou a importância da captação para o produto e a parceria com o Banco Inter, visando expandir a distribuição junto aos investidores pessoa física.
No modelo de crédito pulverizado adotado pela RBR, cada Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) na carteira representa uma fração dos investimentos do fundo, contendo diversos contratos de financiamento imobiliário. A gestora adquire CRIs de diferentes originadores e recebe os fluxos de financiamento, principalmente residenciais.
O portfólio do PULV11 é composto por 13 CRIs, representando mais de 4 mil contratos de financiamento imobiliário, com um retorno estimado próximo de IPCA+11% ao ano. Após descontar o custo de administração de cerca de 1,6%, os investidores podem esperar um retorno em torno de IPCA+8,5%.
Criado recentemente com recursos da RBR e do Banco Inter, o PULV11 visa atender investidores pessoa física, fortalecendo a presença do banco digital no mercado de FII. A instituição busca consolidar sua posição como distribuidor e ampliar as opções de investimento, considerando que uma parcela significativa dos investidores de FII na B3 está sob sua custódia.
Com um patrimônio líquido de R$ 120 milhões, o PULV11 pretende expandir sua atuação e realizar novas ofertas no futuro próximo. Apesar do cenário desafiador, a RBR está otimista em relação às oportunidades de investimento, considerando a valorização do capital em meio à alta dos juros e à redução da liquidez.
Para o gestor da RBR, o momento atual oferece oportunidades atraentes para investimentos, destacando a importância de uma abordagem ponderada ao risco. Ele ressalta que, mesmo em um ambiente de maior incerteza, é possível identificar negócios com retornos interessantes, especialmente para gestores de crédito com disponibilidade de caixa.
Fonte: @ NEO FEED
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