Atletas da seleção feminina brasileira analisam o trabalho de Arthur Elias no ciclo da Copa do Mundo, destacando seu estilo ofensivo e comando.
Desde outubro de 2023, Arthur Elias assumiu o comando da seleção brasileira feminina e já mostrou seu talento. Em sua estreia nas Olimpíadas, o time conquistou uma vitória emocionante por 1 a 0 contra a Nigéria, com um gol marcado pela atacante Gabi Nunes.
O desempenho de Arthur Elias como técnico da seleção brasileira tem sido excepcional, demonstrando sua habilidade e dedicação. Sua liderança como comandante da equipe tem sido fundamental para os bons resultados conquistados até o momento.
Arthur, Elias: O Novo Comandante da Seleção Brasileira Feminina
A segunda rodada acontece neste domingo (29), contra o Japão, às 12h (de Brasília), em jogo que pode até confirmar a classificação para as oitavas de final. Quem estava no comando antes de Arthur era Pia Sundhage, sueca de 69 anos que chegou em 2019 e conduziu o Brasil durante todo o ciclo de Copa do Mundo. Considerada um dos nomes mais importantes do futebol feminino, Pia ostenta diversos títulos em sua história, entre eles o bicampeonato olímpico pelos Estados Unidos, conquista que a fez ser eleita a melhor treinadora do mundo. Apesar do currículo, a sueca nunca foi unanimidade no Brasil pelo estilo de jogo e também a ‘passividade’ à beira de campo. Pia deixou o cargo cerca de um mês após a eliminação precoce da seleção verde e amarela na fase de grupos do Mundial da Austrália e da Nova Zelândia.
Arthur, Elias: A Evolução do Futebol Feminino Brasileiro
Já Arthur, multicampeão com o Corinthians, está na modalidade desde 2006. O treinador faz parte da evolução do futebol feminino no Brasil, algo evidente com seus números. Em oito anos no comando do alvinegro, foram 16 títulos conquistados. O alto desempenho, aliado ao modelo de jogo ofensivo, impositivo e intenso, o levou até a seleção como uma grande esperança em busca de uma inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Mas o que a seleção ganha com a entrada de Arthur e a saída de Pia? A ESPN ouviu jogadoras do passado e do presente da seleção, que conhecem a forma de trabalho dos dois, para entender o que o Brasil apresenta de diferença com a troca no comando técnico.
Arthur, Elias: A Mudança de Estilo na Seleção Brasileira Feminina
Formiga, medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008, comentou sobre a diferença entre os dois treinadores: ‘Do jeito que ele pensa em deixar as meninas à vontade para jogar e não ter medo, isso ajuda bastante. Antes a Pia segurava muito as atletas, pareciam robôs, e o treino não mudava, era sempre o mesmo. Você tem que ter o plano A, B e o C se possível. Hoje você vê as meninas com coragem de ir para cima e sabendo da responsabilidade de retornar. Então quando tem um treinador que te dá essa confiança, faz com que você acredite no seu potencial, você só tem a crescer’.
Arthur, Elias: O Foco no Jogo Ofensivo na Seleção Brasileira
Duda Sampaio, meio-campista da seleção brasileira em Paris, destacou a abordagem de Arthur: ‘O principal que ele nos trouxe foi um jogo muito ofensivo. Desde quando ele chegou aqui, foi a primeira coisa que quis mudar. Ele quer uma seleção com posse de bola, agressiva e que, quando perde a bola, já corre atrás para recuperar no mesmo instante. Essa mentalidade de querer a bola, de estar sempre propondo o jogo, foi o principal que ele nos trouxe. É a forma que o brasileiro gosta de jogar’.
Arthur, Elias: A Emoção e a Postura na Nova Seleção Brasileira
Maurine, medalha de prata nas Olimpíadas de 2008, expressou sua satisfação com a mudança na seleção: ‘Eu gostei da mudança da seleção, da postura dentro de campo, e do posicionamento. O Arthur é bastante ofensivo, eu gosto disso. Eu achava que o time da Pia não tinha muita finalização. Ela sabia jogar em apenas um esquema tático. Às vezes você não precisa fazer uma substituição, mas precisa mudar entre as peças que você tem, e ela não sabia. Fora a emoção, né? Ela não tinha sangue, não tinha sangue brasileiro, aquela fervura’.
Arthur, Elias: A Nova Era na Seleção Brasileira Feminina
Gabi Nunes, atacante da seleção brasileira em Paris, elogiou a abordagem de Arthur: ‘Ele trouxe um novo ar para a seleção, uma mentalidade ofensiva e corajosa. Estamos vendo as meninas jogarem com mais liberdade e confiança. É importante ter um treinador que acredita no potencial de cada jogadora e as encoraja a buscar sempre o melhor em campo’.
Fonte: @ ESPN
Comentários sobre este artigo