Trabalhadores do norte solicitam reajusta salarial, realização de concurso e cumprimento de salário mínimo. Reunem-se para discutir pautas: paralisação, governo federal, oferecido: reajustes, pagamentos, enfermagem, funcionários, 30%. Convocação de profissionais: prorrogações, contratos temporários, instalação de mesa, negociações. Núcleo sindical pede realização de concurso público e reestruturação de unidades, contra sucateamento ao longo de últimos anos. Comitê gestor convoca médidas adotadas: reajuste salarial, pagamento adicional insalubridade, cumprimento do piso.
Desde o dia 15 deste mês, os servidores de saúde dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro estão em greve indefinida, protestando por melhores condições de trabalho. A greve dos servidores de saúde se intensificou com manifestações em frente ao Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense.
A paralisação hospitalar dos funcionários dos hospitais federais do Rio de Janeiro reflete a insatisfação generalizada com as condições de trabalho. A greve dos hospitais federais está impactando diretamente o atendimento à população, gerando preocupações sobre a qualidade dos serviços de saúde oferecidos.
Greve dos Servidores Hospitalares Federais se Mantém Indefinida
Entre os principais itens da pauta de reivindicações dos servidores hospitalares federais em greve, destacam-se a recomposição salarial, a realização de concurso público e a reestruturação das unidades que sofrem com o sucateamento ao longo dos últimos anos. A paralisação atinge diversos hospitais, incluindo o Hospital de Bonsucesso, um dos seis em greve.
Membro do núcleo sindical do Hospital Cardoso Fontes, Neusa de Oliveira, enfatiza a importância do ato realizado para reunir-se com a população e convocar os servidores para a paralisação, que já perdura há nove meses. Neusa destaca a falta de atendimento por parte do governo em relação às demandas apresentadas no último acordo de greve.
‘Estamos reivindicando o enquadramento dos nossos auxiliares de enfermagem que trabalham em desvio de função, além da continuidade dos contratos temporários até a realização de concurso público. Temos um déficit alarmante de mais de 8 mil profissionais de enfermagem na rede federal’, ressalta Neusa.
A preocupação dos servidores vai além da questão salarial. Eles temem a entrega das unidades hospitalares para a Empresa Brasileira de Gestão Hospitalar (Ebserh), organizações sociais ou a gestão municipal do Rio de Janeiro, o que poderia comprometer a qualidade do atendimento.
Os hospitais federais em greve, como Bonsucesso, Cardoso Fontes, dos Servidores, da Lagoa, de Ipanema e do Andaraí, operam com apenas 30% do quadro de funcionários, priorizando serviços essenciais como hemodiálise, quimioterapia, cirurgias oncológicas e atendimentos de emergência.
Até o momento, o governo federal não apresentou propostas de reajuste salarial, o que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores. Além disso, há cobranças pelo pagamento integral do adicional de insalubridade e pelo cumprimento do piso da enfermagem.
O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio (Sindsprev-RJ) destaca a importância da instalação do Comitê Gestor e da convocação de profissionais para suprir a demanda nos hospitais federais em meio à paralisação. Medidas como a prorrogação de contratos temporários e a abertura de mesa de negociações visam atender às reivindicações da categoria.
Em nota, o Ministério da Saúde se compromete a manter o diálogo com os sindicatos e a ouvir as demandas dos servidores em greve. A pasta destaca a necessidade de manter o funcionamento pleno dos hospitais federais para garantir a continuidade da assistência à população, reforçando seu empenho em reconstruir e fortalecer essas unidades.
Fonte: @ Agencia Brasil
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