Denúncias contra o ministro surgiram nesta quinta-feira (5), envolvendo ONG, Me Too, número de vítimas e solidariedade às mulheres.
Na última quinta-feira (5), surgiram novas alegações de assédio sexual envolvendo o ministro Silvio Almeida, divulgadas pela ONG Me Too Brasil. Após a negativa de Silvio em relação às acusações, uma professora decidiu se pronunciar. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Isabel Rodrigues contou sobre um episódio de assédio sexual que teria enfrentado por parte do político. Ela se tornou a primeira a expor publicamente sua denúncia contra o ministro.
No relato, Isabel mencionou que o episódio não foi apenas um caso isolado, mas um reflexo de uma cultura de violência sexual que persiste em diversos ambientes. A coragem dela em falar sobre o que aconteceu é fundamental para que outras vítimas também se sintam encorajadas a denunciar. É essencial que todos se unam contra o abuso e a agressão sexual.
Incidentes de Assédio Sexual Relatados
Relatos de assédio sexual envolvendo Silvio de Almeida destacam incidentes que ocorreram no ano anterior, enquanto o caso de Isabel remonta a 2019. Em uma gravação, Isabel expressou sua convicção de que o número de vítimas de Almeida é superior ao que foi oficialmente divulgado. ‘Sou Isabel, sou professora, sou branca, sou antirracista. E também fui vítima de violência sexual do ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida. Estou aqui para amplificar a voz dessas mulheres, pois acredito que não foram apenas 14. Eu estou aqui para aumentar o coro de que somos donas de nossos corpos. Ninguém, absolutamente ninguém, tem o direito de invadir nossos corpos sem a nossa permissão’, declarou a professora.
Amizade e Confronto
Isabel revelou que tinha uma amizade com Almeida antes do incidente, tendo conhecido-o na Escola de Governo, onde ele integrava o conselho pedagógico. No entanto, anos depois, Isabel afirmou ter sido vítima de assédio durante um almoço em um restaurante, após uma aula ministrada por Almeida em 2019. Isabel participou da aula e, assim como outros alunos, foi almoçar com os professores – Júlio César e Silvio – em um restaurante na Praça da República, em São Paulo. ‘Eu sentei ao lado de Silvio. Ele estava à minha direita, e à esquerda. Eu usava uma saia. Ele levantou a saia e colocou a mão nas minhas partes íntimas, de forma intencional. Colocou a mão, com vontade. Fiquei estarrecida. Senti vergonha das pessoas ao redor. É assim que as vítimas se sentem. Elas ficam envergonhadas’, relatou.
Impacto na Vida de Isabel
A professora enfatizou que o caso teve um impacto significativo em sua vida e, apesar de estar ciente das possíveis críticas por se expor publicamente, sentiu a necessidade de compartilhar sua história em solidariedade às outras mulheres. ‘Demorou para eu perceber que eu estava sendo vítima de violência sexual. Demorou para eu entender que isso era um crime’, desabafou.
Confronto Direto com Almeida
Isabel, posteriormente, confrontou Almeida sobre o episódio em uma ligação, na qual ele negou as acusações e tentou justificar seu comportamento. ‘Eu liguei para o ministro algum tempo depois. Naquela época, ele ainda não era ministro. Mandei uma mensagem pelo WhatsApp. Infelizmente, essas mensagens se perderam quando troquei de telefone. Mas, se for possível acessar mensagens e ligações de cinco anos atrás, será possível provar. Contudo, existem outras evidências disponíveis’, continuou. ‘Eu liguei para Silvio e disse: ‘Silvio, quero falar sobre aquele almoço. Você cometeu uma agressão sexual contra mim. Você é advogado, sabe que isso é violência.’ Ele respondeu: ‘Você está louca, Isabel? Quantas vezes nos encontramos e nada aconteceu? Várias outras vezes não houve nada’’.
Fonte: @ Hugo Gloss
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