A WeWork, nascida nos espaços compartilhados, agora foca em contratos tradicionais para escritórios, deixando de lado os temporários e obras.
Desde que a cidade de São Paulo testemunhou o surgimento da WeWork, a empresa se tornou um dos principais nomes do coworking e de escritórios privados compartilhados. Quase 15 anos após sua fundação, a empresa agora está focada na venda de andares completos para grandes salas e empresas de médio porte. O objetivo é atender à crescente demanda que surgiu no mercado imobiliário após a pandemia.
Com a expansão dos escritórios privados compartilhados, a WeWork está se adaptando às necessidades das grandes salas e empresas que buscam espaços flexíveis e colaborativos. A empresa se destaca por oferecer ambientes inovadores e serviços de alta qualidade, tornando-se uma escolha popular para organizações em busca de soluções modernas e eficientes para suas operações.
Novos modelos de contratos para escritórios privados
A WeWork identificou que o cenário global instável levou as empresas a optarem por contratos menores e flexíveis. Enquanto os contratos tradicionais estabelecem vínculos de longa duração, de 15 anos ou mais, a proposta da WeWork é reduzir esse prazo para uma média de 24 meses. Cerca de 25% dos clientes da empresa optam por contratos de 18 meses, conforme explicou Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina.
Grandes salas para empresas em contratos temporários
A nova abordagem, chamada WeWork Corporativo, foca na negociação de andares completos nos edifícios da empresa. Embora a WeWork sempre tenha atraído grandes empresas, muitas vezes elas optavam por contratos temporários enquanto realizavam obras em suas sedes. Essa iniciativa busca combinar a privacidade de um prédio convencional com a flexibilidade contratual de espaços de escritórios compartilhados.
Transformação nos espaços de trabalho e contratos flexíveis
Claudia destaca que o novo modelo reflete a mudança na relação entre trabalhadores e empresas com seus ambientes de trabalho. Com o modelo híbrido consolidado, as grandes empresas evitam investir em mobiliário fixo e preferem uma rotação de funcionários nos escritórios. A adaptação dos espaços para esse novo formato envolveu um investimento de mais de R$ 5 mil por metro quadrado, incluindo infraestrutura, áreas de convivência, salas de reunião e outras comodidades exclusivas da WeWork.
Expansão geográfica e mudanças nos hábitos de trabalho
Um levantamento interno da WeWork revelou um aumento de 50% no interesse pela Zona Sul de São Paulo entre 2022 e 2024, assim como um crescimento de 9,5% na região da Avenida Paulista. No entanto, a preferência por morar perto do trabalho diminuiu, e os funcionários agora escolhem onde residir, o que dispersou os locais de moradia. Apesar disso, os hubs das empresas continuam centralizados, permitindo que os colaboradores usufruam dos espaços da WeWork mais próximos de casa nos dias em que não precisam ir ao escritório.
Coexistência de modelos tradicionais e inovadores
Claudia assegura que o WeWork Corporativo não substituirá o modelo tradicional da empresa, mas sim coexistirá com ele. A comercialização de andares inteiros para escritórios privados é uma adição à gama de serviços oferecidos pela WeWork, adaptando-se às novas demandas do mercado de trabalho.
Fonte: © Estadão Imóveis
Comentários sobre este artigo