A DPC da Irlanda suspendeu os procedimentos judiciais da rede social de Elon Musk, em programa de inteligência da autoridade irlandesa de proteção de dados.
A plataforma digital cessará o uso dos dados pessoais de seus usuários brasileiros para aprimorar o seu sistema de inteligência artificial (IA), conforme comunicado pela comissão brasileira de proteção de dados (CBPD) na última sexta-feira (8). Em setembro, a empresa de tecnologia já havia interrompido essa prática na região.
A decisão de não utilizar mais os dados dos usuários para alimentar a IA foi tomada visando garantir a segurança das informações compartilhadas pelos usuários e a privacidade dos mesmos. A medida vem ao encontro das regulamentações de proteção de dados em vigor no país, demonstrando o comprometimento da empresa em resguardar a privacidade de seus usuários.
A entidade suspende procedimentos judiciais em acordo sobre dados
A entidade que age em nome da União Europeia comunicou a suspensão dos procedimentos judiciais após um ‘acordo do X para respeitar os termos’ do compromisso acordado em agosto. O responsável pela comunicação da comissão, Graham Doyle, afirmou à AFP que essa é agora uma prática permanente por parte do X. Descobriu-se que a rede social de Elon Musk usou informações pessoais de seus usuários europeus durante um período de 7 de maio a 1º de agosto, o que foi considerado um uso ‘ilegal’. Essa ação foi denunciada em oito nações europeias, conforme a Associação Austríaca Noyb. O propósito desse uso de dados era treinar seu programa de inteligência artificial intitulado Grok. A autoridade irlandesa de proteção de dados tem o poder de agir em nome da União Europeia, uma vez que a sede europeia do X está baseada na Irlanda, onde muitas empresas de tecnologia do Vale do Silício também estão localizadas.
Mudanças no Brasil e implicações nas decisões sobre dados
No Brasil, na última sexta-feira (30), foi revogada uma decisão que vetava a utilização de informações de usuários da Meta. A Meta começará a informar os usuários do Facebook e Instagram no país sobre essa mudança. Especialistas opinaram sobre essa medida do governo brasileiro de permitir o uso de dados nacionais para o treinamento da inteligência artificial da Meta. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) criticou as exigências da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), considerando-as insuficientes para regulamentar a utilização de dados de brasileiros pela IA.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo