Fugitivos negros escapavam para antiga cidade espanhola, buscando santuário religioso e promessa de liberdade. Batalha de Bloody Mose marcou luta por direitos e proteções.
No mês de setembro de 1754, um navio negreiro aportou na cidade do Rio de Janeiro, trazendo consigo mais de cem africanos que seriam submetidos à cruel prática da escravidão. Os homens, mulheres e crianças foram separados e vendidos como mercadorias para trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar na região.
A escravização durou gerações, deixando marcas profundas na história e na cultura do Brasil. A luta pela abolição da escravidão foi árdua e desafiadora, mas, por fim, a liberdade foi conquistada e a nação se viu livre das correntes que aprisionavam milhares de indivíduos. Hoje, o legado da escravidão ainda se faz presente, lembrando a importância de valorizarmos e respeitarmos a dignidade de todos os seres humanos.
Escravidão e Fugitivos Negros em busca de Liberdade
Os viajantes eram fugitivos negros que conseguiram escapar da escravidão em uma plantação britânica nas Carolinas, ao norte do país. Após a sua chegada, dirigiram-se para o centro da cidade em busca de liberdade.
Um Santuário Religioso em um Assentamento Espanhol
Eles buscaram refúgio diante do governador de Saint Augustine, solicitando sua proteção e expressando o desejo de se converter ao catolicismo. O grupo acreditava que o assentamento espanhol era um santuário religioso que oferecia liberdade a todos os escravizados que se convertessem.
Perigos na Jornada para a Liberdade
A viagem em busca de liberdade era perigosa, com os fugitivos enfrentando obstáculos como jacarés, panteras e cobras venenosas. A falta de comida e água tornava a jornada ainda mais difícil, mas a promessa de liberdade fazia com que muitos seguissem em frente.
Proteções e Direitos no Assentamento Espanhol
Ao contrário do sistema de escravidão baseado na raça das colônias britânicas, a Espanha via a escravidão de forma diferente, oferecendo direitos e proteções aos escravizados. A política e a religião desempenharam um papel crucial na visão espanhola da escravidão, garantindo certos direitos aos escravizados.
Um Forte Mose para Proteger a Liberdade
O governador de Saint Augustine construiu o Forte Mose para proteger a comunidade de negros livres e guerreiros Yamasee. O Forte tornou-se um símbolo de liberdade e igualdade, abrigando homens, mulheres e crianças que desfrutavam dos mesmos direitos que os seus vizinhos europeus.
Um Sonho de Igualdade e Liberdade
Após a reconstrução do Forte Mose, os ex-residentes negros integraram-se à sociedade, casando-se e estabelecendo-se em Saint Augustine. O bairro de Pequena África, posteriormente renomeado Lincolnville, tornou-se um símbolo de liberdade e resistência.
O Papel de Saint Augustine nos Direitos Civis
Saint Augustine desempenhou um papel fundamental no movimento pelos direitos civis, com ativistas locais como Robert B. Hayling e Martin Luther King Jr. liderando manifestações e marchas pela igualdade racial. A luta por direitos civis deixou um legado duradouro na cidade.
Preservando o Legado e a História
Hoje, o Forte Mose reconstruído e o Centro Cultural Lincolnville preservam a história da comunidade negra livre de Saint Augustine. A Festa da História Negra e outras iniciativas continuam a celebrar e educar sobre a luta pela liberdade e igualdade na cidade histórica.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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