Apesar da geração de caixa quase triplicada, despesa financeira ainda impacta a linha final do balanço, o que dificulta a integração das marcas e geração de valor.
A empresa Ânima Educação, proprietária das faculdades Anhembi Morumbi e São Judas, segue com sua estratégia de redução de dívida. Pelo segundo trimestre seguido, a relação entre dívida líquida e Ebitda da companhia apresentou queda, encerrando o ano em 3,25x.
Essa redução constante do endividamento tem impacto direto no passivo da empresa, garantindo maior solidez financeira e melhores perspectivas para o futuro. Manter um controle eficiente da dívida é essencial para garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Dívida da Ânima fica abaixo do covenant em 3,5x
A companhia conseguiu ficar abaixo do covenant de 3,5x com o qual precisava cumprir no período. ‘Tomamos medidas duras e necessárias para colocar a companhia onde estamos agora’, afirmou Marcelo Bueno, CEO da Ânima, ao IM Business.
As tais medidas incluem fechamento e devolução de unidades, além de redução de pessoal, resultado de uma unificação de processos, após a aquisição de ativos do grupo americano Laureate. ‘Desde o terceiro trimestre começaram a aparecer ganhos de sinergia que faltavam ser capturados’, disse Átila Simões da Cunha, CFO da Ânima.
Marca Ânima avança na fase de integrar e gerar valor
‘Daqui para frente a nossa tônica vai ser deixar essa agenda de integração para trás e fortalecer nossas marcas. Terminou a fase de integrar, agora é hora de entregar valor’.
O Ebitda ajustado da Ânima cresceu 50,4% no quarto trimestre, em bases anuais, para R$ 268,6 milhões. A margem Ebitda ajustada avançou 8,6 pontos percentuais, na mesma base de comparação, para 29,7%. A geração de caixa operacional da companhia, em 2023, cresceu 184,6%, para R$ 711 milhões. Mas a despesa financeira continua afetando o balanço final.
Perspectivas positivas para redução do endividamento da Ânima
A Ânima reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 6 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo lucro de R$ 210,7 milhões registrado no mesmo período de 2022. Em 2023 como um todo, o prejuízo foi de R$ 46,4 milhões, ante lucro de R$ 250,6 milhões no ano anterior.
O CFO afirma que há perspectivas positivas para a redução do endividamento da companhia. Cada 1 ponto percentual de queda na taxa básica de juros, a Selic, representa uma diminuição de R$ 30 milhões ao ano da dívida bruta de R$ 3,8 bilhões com a qual a Ânima terminou o ano de 2023.
Receitas da Ânima crescem com avanço em tíquetes
A receita líquida da companhia entre outubro e dezembro de 2023 foi de R$ 905,7 milhões, cifra 7,2% maior do que a reportada no quarto trimestre de 2022. No acumulado do ano passado, o faturamento foi de R$ 3,73 bilhões, com alta de 4,8% em relação ao ano anterior.
A base média de alunos matriculados em cursos da Ânima expandiu 3%, para 405,4 mil. No ensino acadêmico, o crescimento foi de 4,6%, para 347 mil estudantes. A empresa destacou o crescimento de tíquete médio em todos os seus segmentos.
O ensino digital e da Inspirali, vertical de educação em medicina, cresceram acima da inflação, avançando 12,2% e 5%, respectivamente. Em Ânima Core, de ensino universitário presencial, o tíquete subiu 1% entre 2022 e 2023. A margem operacional do segmento, por sua vez, avançou 1,8 ponto percentual no mesmo intervalo de tempo.
Ânima busca reduzir custo da dívida para fortalecer sua posição financeira
A receita caiu 2,3%, com uma retração em sua base de alunos, mas o recuo desacelerou no segundo semestre. A companhia está empenhada em melhorar sua situação financeira, buscando reduzir o custo da dívida e fortalecendo suas operações para gerar mais valor no futuro.
Fonte: @ Info Money
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