Demissões por justa causa podem ocorrer devido a diferentes motivos, como furto, assédio e baixo rendimento, podendo ser influenciadas pelo comportamento dos profissionais.
No último mês, as demissões por justa causa atingiram um pico alarmante, registrando um total de 39.511 casos no Brasil, de acordo com dados fornecidos pela LCA Consultores.
A alta incidência de desligamentos por justa causa reflete a exigência das empresas em manter a disciplina e a ética no ambiente de trabalho, mostrando a importância das políticas de demissão disciplinar para garantir a integridade organizacional.
Demissões por justa causa: um reflexo do comportamento dos profissionais
No último mês, vimos um aumento significativo nas demissões por justa causa, representando cerca de 2,09% dos 1.887.422 desligamentos totais. Esse cenário é uma preocupação crescente, especialmente considerando o impacto que as rescisões por justa causa têm no mercado de trabalho.
Apesar desse aumento, em fevereiro a porcentagem de demissões por justa causa diminuiu, ficando em torno de 1,942 milhão. Especialistas apontam que o comportamento dos profissionais desempenha um papel fundamental nesse cenário. O especialista em carreiras e desenvolvimento humano destaca que a pandemia gerou um esfriamento nas relações humanas, levando a um aumento de ansiedade e irritabilidade entre os profissionais.
Essa situação se refletiu em comportamentos como insubordinação, desrespeito a pessoas e processos, e até manifestações públicas contra as empresas, resultando em demissões por justa causa. O termo ‘demissão disciplinar’ também vem à tona nesse contexto, evidenciando a gravidade dessas situações.
Além disso, a falta de produtividade e comprometimento dos colaboradores tem sido associada ao aumento das rescisões por justa causa. Os profissionais tornaram-se mais sensíveis emocionalmente e tendem a trocar de emprego com mais frequência, impactando diretamente a estabilidade das equipes de trabalho.
Uma tendência interessante que vem sendo observada é a ‘demissão silenciosa’, conhecida como ‘quite quitting’, um fenômeno relacionado à geração Z. Esses profissionais valorizam a qualidade de vida e têm uma perspectiva diferente sobre o trabalho, o que pode influenciar nas dinâmicas de desligamentos no futuro.
As projeções indicam que o índice de demissões por justa causa poderá apresentar uma queda até novembro, mas há expectativas de um novo aumento no final do ano, refletindo as constantes transformações no mercado de trabalho e nas relações laborais. É essencial para as empresas e profissionais estarem atentos a essas tendências para se adaptarem e se prepararem adequadamente.
Fonte: @ JC Concursos
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