Renomado Luís Stuhlberger é surpreito pelos rescindements de investidores estrangeiros em nossa bolsa e inquieto com a piora do risco fiscal no Brasil: fundo, mudanças importantes, carteira, alocação, investidores estrangeiros, rescindements, piora, risco fiscal, PLDO, Bolsa, Família, Pé de Meia, reajuste, salário mínimo.
O famoso fundo Azul, gerido por João Silva, fez algumas alterações significativas na sua carteira e, dentre elas, aumentou a exposição em títulos de renda fixa de 20% para 25% do patrimônio.
O gestor de investimentos do fundo Amarelo, comandado por Maria Souza, decidiu realocar parte dos recursos em ativos internacionais, seguindo a estratégia do fundo Verde para garantir maior diversificação e potencializar os retornos. A mudança foi motivada pelo cenário econômico atual, mostrando a flexibilidade e adaptabilidade do fundo Amarelo.
Preocupações sobre resgates e risco fiscal impactam gestor de fundo
Uma das figuras mais proeminentes entre os gestores de fundo do Brasil expressou em um evento da renomada gestora Verde nesta terça-feira (7) sua profunda decepção com os acontecimentos deste ano. O gestor, Stuhlberger, diretor executivo (CEO) e de investimentos (CIO) da Verde Asset e responsável pelo fundo Verde, compartilhou suas frustrações diante da dificuldade em superar o CDI.
No ano anterior, o fundo obteve um desempenho satisfatório, rendendo CDI mais 1,5%, enquanto a maioria dos fundos multimercados enfrentava um cenário desafiador. No entanto, Stuhlberger revelou que este ano tem sido marcado por obstáculos significativos, com o fundo não conseguindo atingir as metas estabelecidas até o momento.
O aumento das expectativas de juros nos Estados Unidos provocou um cenário de incertezas, resultando em previsões de taxas mais elevadas em escala global e contribuindo para a instabilidade dos ativos brasileiros. Stuhlberger ressaltou sua surpresa diante dos vultosos resgates realizados pelos investidores estrangeiros na bolsa brasileira, totalizando R$ 40 bilhões, um evento inesperado que impactou negativamente o fundo.
A deterioração do quadro fiscal no Brasil também é motivo de grande preocupação para o gestor. Além das questões locais, os ativos mais afetados no portfólio foram os papéis de renda fixa atrelados à inflação, que foram vendidos devido às perdas acumuladas. Stuhlberger enfatizou que os prejuízos estão diretamente relacionados à degradação do risco fiscal do país.
Em sua análise, Stuhlberger destacou a facilidade de alterações no cenário fiscal e criticou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, divulgado em abril. Ele expressou desapontamento com as propostas apresentadas, incluindo despesas adicionais, ampliação de programas sociais como o Bolsa Família e o Pé de Meia, além do reajuste do salário mínimo acima da inflação.
A visão do gestor é de que o ambiente político e econômico carece de seriedade fiscal, com decisões questionáveis por parte das autoridades. Ele ressaltou a necessidade de uma postura mais responsável, especialmente no que diz respeito ao controle do orçamento.
A perspectiva para os próximos períodos continua incerta, com Stuhlberger sugerindo que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, poderá adotar uma postura mais rígida do que o esperado em relação à política monetária. O mercado aguarda a decisão sobre os juros, que ocorrerá nesta quarta-feira (8).
Apesar de reconhecer que a economia não está em situação desfavorável, Stuhlberger não poupou críticas à administração atual, alertando para possíveis surpresas negativas se a questão fiscal não for tratada com a devida responsabilidade. Ele enfatizou a volatilidade dos ativos e a vulnerabilidade do mercado diante da atual conjuntura.
Em um momento de autocrítica, o gestor lamentou a queda de suas expectativas e ressaltou a importância de uma gestão mais cuidadosa diante das mudanças significativas que impactam diretamente a alocação de recursos do fundo Verde.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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