Brasil propõe ao G20 combater programas sociais, transferência de renda condicionada, apoio à agricultura familiar e merenda escolar.
A Aliança Mundial contra a fome e a pobreza, que está sendo defendida pelo Brasil no G20, é fundamental para garantir que a questão da fome seja abordada de forma eficaz. A iniciativa destaca a importância de programas sociais que possam atingir as populações mais vulneráveis, combatendo a fome de maneira abrangente e sustentável.
Além disso, é essencial que os países se unam em prol do combate à fome e à pobreza, implementando políticas e programas sociais que tenham impacto real nas comunidades necessitadas. Através de ações coordenadas e estratégicas, é possível promover mudanças significativas e duradouras na luta contra a fome e a pobreza em todo o mundo.
Combate à Fome: Programas Sociais e Eficiência
Segundo o embaixador, é amplamente reconhecido que os programas sociais mais eficazes envolvem estratégias de transferência de renda condicionada, apoio à agricultura familiar, merenda escolar, cadastro único e bancos de leite materno, entre outras iniciativas. Após mais de duas décadas de implementação, agora há um respaldo internacional de instituições como a FAO e o Banco Mundial que afirmam: esses são os programas que realmente fazem a diferença.
Agora, pela primeira vez, há um acúmulo de conhecimento sobre o que é eficaz para combater a fome em escala global, devido às experiências bem-sucedidas de alguns países. O Brasil, atualmente na presidência do G20, um grupo que reúne as maiores economias do mundo, juntamente com representantes da União Europeia e da União Africana, está organizando uma série de reuniões ministeriais.
A primeira dessas reuniões, focada em desenvolvimento, está marcada para os próximos dias 22 e 23. Em seguida, no dia 24, ocorrerá a reunião ministerial da força-tarefa contra a fome, seguida pelos encontros de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais nos dias 25 e 26. Todas essas reuniões terão lugar no Rio de Janeiro, com a exceção da quarta reunião, que acontecerá em Fortaleza e abordará questões de trabalho e emprego.
Este conjunto de eventos marcará o pré-lançamento da força-tarefa e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há expectativas de participação de representantes de Bangladesh, um país que, embora não faça parte do G20, possui programas sociais abrangentes que contribuem significativamente para o combate à pobreza.
Mauricio Lyrio destacou a importância dos programas que têm as mulheres como peça central, citando o exemplo do Bolsa Família no Brasil e o programa de microcrédito em Bangladesh. Esses países conseguiram reduzir de forma significativa a pobreza e a fome, demonstrando a eficácia de programas centrados nas mulheres, como comprovado pelo Banco Mundial.
Antecedendo a reunião do dia 24, a FAO lançará o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI), apresentando o seu mapa da fome. No último relatório, referente a 2022, estima-se que a fome tenha afetado em média 735 milhões de pessoas, um aumento de 122 milhões em relação a 2019, antes da pandemia de covid-19.
O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty explicou que a força-tarefa propõe uma triangulação de esforços entre os países interessados, indo além do G20 e abrindo a adesão a todos os interessados. Durante a reunião da próxima semana, serão formalizados os documentos que estabelecem a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, além da abertura para novas adesões.
O lançamento oficial da Aliança está previsto para novembro, durante a Cúpula do G20. A iniciativa visa envolver países tanto como doadores de recursos financeiros quanto como beneficiários, promovendo uma cooperação ampla e eficaz no combate à fome e à pobreza.
Fonte: @ Agencia Brasil
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