Investigadores reconstruiram crânio neandertal, usando 200 fragmentos ósseos, em nove meses: caverna, esculpida, processo, contornos, rosto, crânios, diferenças marcantes, humanos modernos, Ásia, Central.
Uma mulher de aproximadamente 40 anos foi sepultada em uma gruta há 75 mil anos, colocada para descansar em uma cavidade esculpida para acomodar seu corpo, evidenciando o cuidado e respeito dos neandertais pelos seus entes queridos.
Além disso, a descoberta desse sepultamento traz novos insights sobre os seres antigos que habitaram a Terra muito antes dos Homo sapiens, nos convidando a refletir sobre a vida e os rituais desses humanos primitivos. O legado deixado pelos neandertais revela uma complexidade surpreendente em sua cultura e interação com os membros de sua comunidade.
Reconstruindo o Passado dos Neandertais
A descoberta de Shanidar Z, uma neandertal encontrada na caverna no Curdistão Iraquiano, foi um marco significativo para a compreensão dos seres antigos que habitaram a Terra há milhares de anos. Os cientistas dedicaram nove meses para montar seu crânio a partir de 200 fragmentos ósseos, usando os contornos do rosto e do crânio como guia para uma reconstrução impressionante.
Os crânios dos neandertais, com cristas supraorbitais destacadas e sem queixos proeminentes, destacam-se de forma marcante em comparação com os crânios dos humanos modernos, como o Homo sapiens. A reconstrução facial de Shanidar Z revela essas diferenças de forma realista, mostrando como essa antiga neandertal poderia ter se parecido. Ainda que haja um toque de licença artística, a base para a reconstrução é o crânio real e dados científicos precisos.
É interessante notar que, vestida com roupas modernas, Shanidar Z poderia passar despercebida em meio aos humanos contemporâneos. As diferenças anatômicas entre os neandertais e os Homo sapiens são evidentes, mas a adaptabilidade do ser humano antigo à sua época é surpreendente.
Os neandertais viveram em diversas regiões, incluindo Europa, Oriente Médio e Montanhas da Ásia Central, por cerca de 300 mil anos, coexistindo com os humanos primitivos por aproximadamente 30 mil anos. Durante esse período, houve encontros e cruzamentos entre neandertais e Homo sapiens, como revelado por análises de DNA realizadas em seres humanos contemporâneos.
A equipe de pesquisadores, liderada pela paleoantropóloga Emma Pomeroy, empregou técnicas inovadoras para determinar características do esqueleto de Shanidar Z, revelando até mesmo seu sexo por meio da sequenciação de proteínas no esmalte dos dentes. Estimativas indicam que Shanidar Z tinha cerca de 1,5 metro de altura e aproximadamente 40 anos de idade com base no desgaste dos dentes e ossos.
Essa nova análise traz à luz informações fascinantes sobre a vida e a anatomia dos neandertais, proporcionando uma perspectiva única sobre esses antigos habitantes da Terra e sua interação com os Homo sapiens. A reconstrução da face de Shanidar Z é um testemunho da habilidade e dedicação dos cientistas em trazer à tona o passado dos neandertais para as audiências contemporâneas.
Fonte: © CNN Brasil
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