Banco espera queda do IPC de 3,4% para meta de 2% com política monetária e mini-orçamento contra pressões inflacionárias.
O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu manter os juros inalterados em 5,25%, reforçando sua postura cautelosa em relação à economia. A decisão de manter os juros em patamares historicamente altos reflete a preocupação do banco central com a inflação e o crescimento econômico.
Os juros podem influenciar diretamente a economia, afetando a demanda dos consumidores e dos investidores. A taxa de juros é uma ferramenta crucial de política monetária, utilizada pelo Banco da Inglaterra para controlar a inflação e estimular o crescimento econômico. Quando a taxa de juros é mantida em um nível elevado, como no caso atual, isso pode desencorajar o consumo e os investimentos, impactando a atividade econômica.
Pressões inflacionárias continuam influenciando a economia
O comitê de política monetária do banco central inglês ressalta a necessidade de manter a política monetária restritiva por mais tempo devido às pressões inflacionárias persistentes, tanto na zona do euro quanto nos Estados Unidos. No entanto, o impacto parece estar sendo um pouco menor do que o esperado, conforme apontado no comunicado oficial. Uma boa notícia é que a pressão sobre os salários está desacelerando, o que pode contribuir para um cenário mais estável.
Taxa de juros e expectativas futuras
O índice de preços ao consumidor (CPI) é uma das principais preocupações do Banco da Inglaterra, que espera uma redução de 3,4% em fevereiro para a meta de 2% no segundo trimestre. Essa projeção está diretamente ligada à política monetária e à expectativa dos mercados em relação às taxas de juros. Além disso, as medidas fiscais incluídas no mini-orçamento de 2024 devem impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), refletindo diretamente nas decisões sobre a taxa de juros.
Decisões do Banco da Inglaterra em relação aos juros
A orientação restritiva da política monetária está impactando a atividade econômica e o mercado de trabalho, o que contribui para reduzir as pressões inflacionárias. Mesmo com indicadores de inflação ainda elevados, o comitê decidiu manter os juros inalterados, com uma única dissidência. No entanto, a tendência aponta para uma maior aproximação do momento do corte, conforme destacado pelos membros do comitê.
Posição do presidente do BoE sobre os juros
O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, enfatiza que embora ainda não seja o momento oportuno para cortar os juros, o cenário está evoluindo de forma positiva. A mudança de posicionamento de alguns membros do comitê em relação à manutenção dos juros mostra uma flexibilidade na condução da política monetária, levando em consideração os diversos fatores que impactam a economia.
Banco Central da Suíça e cortes de juros
Em um movimento pioneiro, o Banco Central da Suíça reduziu sua taxa básica em 0,25 ponto percentual, para 1,50%. Essa decisão pode ter reflexos em outras economias do G10, influenciando as expectativas em relação às políticas monetárias ao redor do mundo. A análise das taxas de juros e das pressões inflacionárias se torna cada vez mais relevante em um cenário global complexo e interconectado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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