Pesquisadores avaliam formulações da proteína Anexina A1 em camundongos para otimizar tratamento da dengue. Estudo inclui boas práticas de laboratório e pesquisa pré-clínica.
Um estudo recente feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está focado no desenvolvimento de métodos mais eficazes para o tratamento de casos graves de dengue, visando melhorar a recuperação dos pacientes diagnosticados com a doença. Os resultados iniciais apontam para possíveis avanços nos protocolos de atendimento para os casos mais complexos.
A busca por alternativas mais eficazes no tratamento de casos sérios de dengue continua sendo uma prioridade para os profissionais de saúde que lidam diariamente com a situação de emergência causada pela doença. A identificação precoce e o rápido início do tratamento de casos severos de dengue são fundamentais para garantir a melhora dos pacientes e reduzir os riscos de complicações graves.
Estudo revela importância do tratamento de casos graves de dengue
Novos dados divulgados pelo Ministério da Saúde destacam a gravidade da dengue, com 214 mortes e 687 casos em investigação. Uma pesquisa iniciada em 2015 e publicada na revista internacional eLife em 2022 revelou que a proteína Anexina A1 desempenha um papel crucial na identificação da gravidade da dengue, atuando como um ‘freio’ para a inflamação causada pela arbovirose. Em casos severos, os níveis dessa proteína são significativamente reduzidos.
Testes em camundongos evidenciam eficácia no tratamento de casos sérios de dengue
Testes realizados em camundongos demonstraram que animais que receberam a forma ativa da Anexina A1 desenvolveram formas mais leves da doença. A pesquisa liderada por professores renomados como Mauro Martins Teixeira, Pedro Pires Guimarães e a professora adjunta Vívian Vasconcelos Costa, busca criar formulações terapêuticas com a porção ativa da proteína, visando reduzir a dose administrada e aumentar a biodisponibilidade para um efeito mais eficaz no tratamento de casos severos de dengue.
Desafios e avanços no tratamento de casos graves de dengue
A busca pela melhor formulação terapêutica e avanços na produção em maior volume e com qualidade são os desafios enfrentados na nova etapa do estudo. Segundo a especialista, é necessário obter novos recursos e estabelecer parcerias com empresas interessadas na produção do produto para seguir com os testes em modelos animais. A pesquisa pré-clínica e clínica demanda uma infraestrutura robusta, recursos financeiros para mão de obra especializada, equipamentos e insumos de qualidade.
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Fonte: © CNN Brasil
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