Estudo americano mostra que a dieta polêmica não beneficia a longevidade; jejum pode ser prejudicial a pacientes oncológicos de acordo com pesquisa.
Uma abordagem cada vez mais popular para a perda de peso e melhora da saúde é o jejum intermitente, que consiste em alternar períodos de alimentação com períodos de jejum. Pesquisas recentes apontam que essa prática pode trazer benefícios significativos para o corpo e a mente.
Além do jejum intermitente, outra variação que tem se mostrado eficaz é o jejum em intervalos, no qual a pessoa alterna dias com restrição calórica e dias de alimentação normal. Essa estratégia pode ajudar a regular o metabolismo e promover a perda de peso de forma saudável.
Benefícios do Jejum Intermitente
Os pesquisadores também relataram que aqueles com doença cardiovascular preexistente que consumiam todas as suas calorias entre uma janela de oito a dez horas tinham um risco 66% maior de morrer de doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, foi constatado que, entre os pacientes com câncer, aqueles que não praticavam jejum e consumiam suas calorias diárias ao longo de uma janela de 16 horas tinham um risco menor de mortalidade por câncer do que aqueles que comiam em um período de tempo mais restrito.
O jejum intermitente, há algum tempo, tornou-se uma maneira popular de ajudar a perder peso, melhorar o colesterol, aumentar o metabolismo e, supostamente, reduzir o risco de certas doenças crônicas. A estratégia chamada de jejum alternado é uma abordagem popular para alcançar esses objetivos. O estudo afirma que a maioria dos ensaios clínicos randomizados de curto prazo descobriu que a dieta, de fato, melhora certas medidas de risco cardiometabólico.
Porém, os efeitos a longo prazo não são conhecidos. Assim, com os resultados obtidos, o objetivo dos autores é incentivar uma abordagem mais cautelosa e personalizada para recomendações dietéticas, garantindo que estejam alinhadas com o estado de saúde individual e as evidências científicas mais recentes.
Estudo sobre Jejum Intermitente
Coleta de dados e limitações do estudo A pesquisa, que afirmou não ter encontrado benefícios do jejum intermitente para a longevidade, analisou um grupo de 20.000 adultos que responderam a perguntas sobre seus padrões alimentares para as pesquisas anuais realizadas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos entre 2003 e 2018.
Todas essas descobertas foram feitas em comparação com pessoas que comeram entre doze e dezesseis horas por dia. O jejum em intervalos pode não ser benéfico para a longevidade de acordo com esta análise. Continua após a publicidade Porém, os cientistas ressaltam que o estudo foi observacional, ou seja, realizado a partir de análise de dados. Então, é difícil tirar conclusões definitivas.
Além disso, ele não permite a análise de um possível terceiro fator que pudesse estar relacionado a essas mortes, uma vez que os estudos observacionais, por sua própria natureza, não podem provar causa e efeito. Contudo, o que é certo é que as descobertas se somam ao crescente corpo de pesquisas sobre os prós e contras do jejum intermitente.
Impactos do Jejum Intermitente na Saúde
O aumento do risco constatado pela entidade pode ser devido a potenciais desregulações metabólicas, incluindo resistência à insulina, níveis elevados de açúcar no sangue e aumento da inflamação — todos os quais são fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Isto porque, segundo os cientistas, seguir um ‘padrão alimentar extremo’ pode levar a deficiências ou desequilíbrios nutricionais. O jejum intermitente intercalado pode desencadear ainda respostas de estresse no corpo, o que pode elevar o cortisol e impactar a saúde cardiovascular. Publicidade Giro VEJA – segunda, 25 de marçoA repercussão das prisões de suspeitos de mandar matar Marielle Franco Por unanimidade, o STF manteve as prisões de suspeitos de mandar matar Marielle Franco.
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Fonte: @ Veja Abril
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