O ciclo de inflação e a política monetária restritiva aprisionaram as hipotecas, impactando o mercado imobiliário. O setor de serviços viu um ‘boom’ na construção de novas habitações e empregos, impulsionado pela geração Millennial.
A história de sucesso do J.P. Morgan ao longo dos anos tem servido de inspiração para muitas outras instituições financeiras ao redor do mundo. O legado deixado pelo empresário norte-americano continua sendo um exemplo de competência e inovação no setor.
O papel do J.P. Morgan na história econômica dos Estados Unidos está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento do banco central dos EUA. Sua influência no mercado financeiro é inegável, tendo contribuído significativamente para a consolidação do sistema bancário americano. O legado deixado pela instituição perdura até os dias atuais, influenciando gerações de economistas e investidores.
O impacto da política monetária restritiva do Federal Reserve dos EUA
Segundo analistas, a tendência natural seria um aumento do índice de desemprego devido às empresas investirem e empregarem menos, como resultado da política monetária restritiva do Federal Reserve, também conhecido como o banco central dos EUA.
No entanto, uma análise mais profunda realizada pelo economista-chefe do J.P. Morgan, Michael Feroli, revela que a situação nos Estados Unidos é mais complexa do que o esperado. A forte retomada do setor de serviços no pós-pandemia, que vinha sendo apontada como a principal razão para o baixo desemprego, agora tem um fator adicional em jogo: o mercado imobiliário americano.
A influência do mercado imobiliário nas taxas de desemprego
De acordo com Feroli, as taxas de juros mais altas no mercado levaram a uma queda na atividade de venda de casas no período pós-pandemia, atingindo o maior nível desde 2010. Surpreendentemente, o ritmo de construção de novas habitações aumentou consideravelmente no mesmo período.
Essa aparente contradição é explicada pelo fenômeno do ‘aprisionamento das hipotecas’, em que os mutuários com hipotecas de taxas ultrabaixas contraídas antes de 2022 optaram por permanecer em suas residências, em vez de vendê-las. O aumento das taxas de juros paralisou o mercado imobiliário para novos compradores, levando a uma escassez de imóveis disponíveis.
O efeito no mercado de trabalho e na construção civil
Essa escassez provocada pelo homem impulsionou um boom na construção de novas habitações, especialmente devido à demanda da geração Millennial, que está em um estágio propício para a compra de casa. Cerca de 600 mil empregos na construção civil foram gerados, ao passo que a oferta de imóveis à venda permaneceu limitada devido ao bloqueio hipotecário.
O economista-chefe do J.P. Morgan ressaltou que mesmo com a possibilidade de alívio na oferta de imóveis, ainda há uma escassez física que pode estimular a construção de casas, mas não no ritmo atual. A complexidade do mercado imobiliário americano sob a influência da política de juros do Federal Reserve continua a impactar o cenário econômico e de emprego nos EUA.
Fonte: @ NEO FEED
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