“Cesta Básica: Decisões importantes: agenda, local; IPCA, Copom, Banco Central, Selic, investidores federais, Fed, dirigentes bancários, eventos: Michelle Bowman, Lorie Logan, Austan Goolsbee, Michael S. Barr, mercado de trabalho, pressões inflacionárias, necessidade alta de juros.”
Uma semana repleta de decisões cruciais chega ao fim com um indicador de extrema relevância. A inflação em destaque de abril será revelada às 9h por aqui e pode influenciar as próximas deliberações do Copom, que permaneceram em aberto após o último encontro. No cenário internacional, novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) movimentam a sexta-feira (10).
No segundo parágrafo, a atenção se volta para os preços ao consumidor e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que estão no radar da autoridade monetária. A preocupação inflacionária cresce à medida que a taxa básica de juros Selic se torna alvo de discussões sobre possíveis mudanças. O Banco Central do Brasil monitora de perto os movimentos dos juros em meio a um cenário de incertezas econômicas.
Decisões importantes sobre inflação e juros
Na agenda local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril. De acordo com a mediana das projeções de 40 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Valor Data, a expectativa é de que a inflação tenha acelerado no mês passado, atingindo uma alta de 0,35%. Em março, o índice registrou um avanço de 0,16%. As estimativas variam de 0,21% a 0,40%.
A divulgação do IPCA ganha ainda mais relevância após a mudança de postura do Banco Central do Brasil. A autoridade monetária vinha manifestando preocupação com a robustez de alguns indicadores econômicos no país, especialmente no mercado de trabalho, que poderiam resultar em um aumento da inflação. Diante desse cenário, a expectativa em relação aos cortes na taxa básica de juros, a Selic, diminuiu. E isso se confirmou na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (8), quando o Banco Central reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, em vez dos cortes de 0,5 ponto percentual que vinham sendo praticados desde agosto do ano passado.
Agora, os investidores aguardam não apenas os dados de inflação, mas também informações sobre a economia brasileira para tentar antecipar os próximos passos do BC. Nos Estados Unidos, a atenção também está voltada para as decisões sobre juros. As declarações dos integrantes do Federal Reserve, conhecidos como ‘Fed boys’, têm sido amplamente acompanhadas. Nesta quinta-feira, a diretora do Federal Reserve Michelle Bowman participa de um evento às 10h, horário de Brasília. Em seguida, às 11h, haverá pronunciamentos da presidente do Federal Reserve de Dallas, Lorie Logan.
Mais tarde, às 13h45, será a vez de Austan Goolsbee, presidente do Federal Reserve de Chicago, fazer suas considerações. Por fim, o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michael S. Barr, participa de um evento às 14h30. No início da semana, alguns dirigentes do Fed descartaram a possibilidade de aumento dos juros nos EUA, o que gerou certa confiança. No entanto, o presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neel Kashkari, expressou preocupação com a ideia de que os juros nos EUA podem não estar altos o suficiente para atingir a meta de inflação de 2%, o que trouxe de volta a cautela.
Ontem, o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingiu o maior nível em nove meses, indicando um arrefecimento no mercado de trabalho e a possibilidade de uma redução nas pressões inflacionárias. Portanto, as declarações de hoje devem ser acompanhadas com atenção, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, diante do cenário de incertezas e preocupações inflacionárias.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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