O caso do ex-policial autor dos disparos contra o motorista Anderson Gomes foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes no STJ. Investigação em processo criminal normal, motivada por delação premiada.
Em Brasília, DF, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comunicou nesta terça-feira (19) que o STF (Supremo Tribunal Federal) validou a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de efetuar os tiros que vitimaram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A decisão do Supremo Tribunal Federal demonstra a importância da transparência e da colaboração nas investigações de crimes de grande repercussão, como o caso do assassinato de Marielle Franco. A homologação da delação de Ronnie Lessa é um passo significativo para a busca da verdade e da justiça.
O STF recebe parte da investigação sobre os assassinatos de Marielle Franco
O Supremo Tribunal Federal recebeu no último dia 11 parte da investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O caso foi distribuído nesta quarta-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes. Antes, a investigação tramitava no Superior Tribunal de Justiça. O deslocamento ao Supremo costuma ocorrer quando são citadas pessoas com prerrogativa de foro na corte nas investigações.
Processo criminal sob sigilo no STF
A Constituição Federal prevê que, em processos criminais, os ocupantes de determinados cargos serão julgados por tribunais específicos e não por um juiz de primeira instância, como aconteceria num processo normal. O processo está sob sigilo e não há informação de quem seria o envolvido que motivou o deslocamento do caso. A vereadora foi assassinada no centro do Rio, na noite de 14 de março de 2018.
Delação premiada de ex-policial avança investigação no STF
O carro em que Marielle estava – e que era conduzido por Anderson – foi alvejado por 13 tiros. Os motivos e os mandantes do crime permanecem desconhecidos. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos. O primeiro foi acusado de ser o autor dos disparos, enquanto o segundo, de dirigir o veículo usado no assassinato. Lessa fechou um acordo de delação premiada no inquérito.
Colaboração no STF implica Tribunal de Contas do Estado
O caso corre em sigilo no Superior Tribunal de Justiça, e a colaboração ainda precisa ser homologada pela corte. A medida fez o caso avançar após cinco anos sem respostas sobre quem mandou matar Marielle. Após o depoimento do ex-PM, os investigadores chegaram a novas suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio). Como Brazão tem foro especial, o inquérito foi enviado ao STJ em outubro do ano passado. Ele nega participação no crime.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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