Após anos de ação coletiva antitruste, acordo é fechado entre estabelecimentos comerciais e bancos sobre tarifas de transações.
A Visa e Mastercard chegaram a um acordo histórico nesta terça-feira (26) para diminuir as taxas cobradas dos estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos durante os próximos cinco anos. A notícia foi divulgada pela agência Dow Jones, revelando uma importante parceria entre as gigantes do setor de pagamentos eletrônicos.
Nesse contrato inédito, as empresas se comprometeram a promover uma maior competitividade no mercado, o que pode beneficiar tanto os comerciantes quanto os consumidores americanos. Esse pacto entre as líderes do setor visa trazer inovações e soluções que impactarão positivamente as transações com cartões de crédito nos próximos anos. Uma iniciativa importante para impulsionar o setor de pagamentos nos EUA.
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Acordo Visa e Mastercard resulta em impactos nas ações
Há pouco, as ações da Visa caíam 0,8%, para US$ 278,23, enquanto a Mastercard estava estável, cotada a US$ 476,87. Ambas as empresas divulgaram em comunicados separados que o acordo foi finalizado após anos da tramitação de uma ação coletiva antitruste movida pelos estabelecimentos comerciais.
Os lojistas devem economizar cerca de US$ 30 bilhões em ‘tarifas de transações no curto prazo’, conforme detalhado em um comunicado de imprensa dos advogados responsáveis pela negociação. Esse pacto envolve o intercâmbio feito pelas bandeiras de cartão e é cobrado para compensar os emissores de cartões, em sua maioria bancos e fintechs.
O intercâmbio é um dos componentes da MDR, que é a taxa de desconto que as empresas de ‘maquininhas’ (credenciadoras ou adquirentes) aplicam sobre os lojistas. Agora, Visa e Mastercard concordaram em reduzir a atual tarifa de transação para cada lojista em pelo menos 0,04 ponto percentual, conforme informado pelos advogados responsáveis pelo contrato.
Além disso, em um prazo máximo de cinco anos, a tarifa média em todo o sistema para ambas as bandeiras de cartão de crédito terá que estar pelo menos 0,07 ponto abaixo da média atual, de acordo com os termos do acordo. A finalização do contrato depende da aprovação do Tribunal Distrital dos EUA de Nova York.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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