Brasil: Doutor Guilherme Renke discute o crescente uso de CBD em atletas em ambiente de alto desempenho. Potenciais benefícios terapêuticos, variedades de condições médicas, investigações atuais sobre farmacos CBD, gerar analgesia e gerir sintomas traumáticos em atletas de esportes de risco. Regulamentação CBD.
Nos meandros do universo esportivo, uma nova onda vem se destacando à medida que esportistas de elite investigam os possíveis benefícios do Canabidiol (CBD) em sua jornada rumo à excelência.
Além disso, há um crescente interesse na maconha medicinal, um composto derivado da planta Cannabis sativa, que tem despertado a curiosidade de muitos no mundo esportivo em busca de alternativas naturais e eficazes para o aprimoramento de seu desempenho.
Explorando os Potenciais Benefícios Terapêuticos do Canabidiol (CBD)
Em um ambiente de alto desempenho, onde cada fração de segundo e milímetro de desempenho faz a diferença, a crescente popularidade do Canabidiol (CBD) entre os atletas levanta questões intrigantes sobre sua eficácia, segurança e impacto no cenário esportivo mundial. A maconha medicinal, composto derivado da planta Cannabis sativa, tem sido alvo de interesse devido aos potenciais benefícios terapêuticos que oferece em uma variedade de condições médicas.
O CBD destaca-se pelos potenciais benefícios na recuperação muscular, na redução da dor e da inflamação, e até mesmo no aprimoramento do foco e da performance cognitiva. É crucial diferenciar o Tetraidrocanabinol (THC) do Canabidiol (CBD), sendo o primeiro conhecido pelos efeitos psicoativos e propriedades medicinais, enquanto o segundo é não psicoativo e tem sido objeto de extensos estudos devido aos potenciais benefícios terapêuticos.
No cenário esportivo, a avaliação dos benefícios e efeitos dos canabinoides é um tema controverso. Apesar disso, há um reconhecimento crescente do benefício analgésico do CBD. Estudos demonstraram que o sistema endógeno canabinoide desempenha um papel crucial na modulação de processos fisiológicos, como neurotransmissão, percepção da dor e inflamação.
A caracterização do sistema endógeno canabinoide e de seus componentes despertou o interesse no desenvolvimento de fármacos como o CBD, que visam a geração de analgesia. Essa é uma linha de pesquisa em ascensão para possíveis avanços futuros. O consumo de cannabis ou de CBD é mais comum entre atletas envolvidos em desportos de alto risco, como os esportes radicais, embora não haja evidências concretas de melhoria do desempenho ou de efeitos causais.
O uso de cannabis para o tratamento da dor entre atletas de elite é um tema cada vez mais discutido, com estudos recentes apontando para o potencial papel fisiológico do sistema endocanabinoide, demandando uma investigação mais aprofundada. Questões específicas que requerem atenção incluem a utilização de canabinoides para reduzir a dor e o possível papel na prevenção ou gestão de sintomas de lesões traumáticas.
Quanto à regulamentação, o CBD é proibido no esporte durante o período de competição, de acordo com a Agência Mundial Antidoping. Os possíveis efeitos adversos da cannabis para a saúde dos atletas ainda carecem de abordagem específica. Os efeitos agudos do CBD podem afetar a memória, a coordenação e o julgamento, enquanto os efeitos crônicos incluem dependência e redução do desempenho cognitivo.
A verdade é que há muito a ser descoberto sobre os efeitos adversos do CBD quando utilizado sob condições médicas, embora os resultados até o momento pareçam promissores. A preocupação com o potencial risco de dependência devido ao uso excessivo é válida, assim como os efeitos crônicos associados ao CBD, como a dependência e a redução do desempenho cognitivo.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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