Ações da empresa oscilaram fortemente devido a especulações sobre possível troca na presidência da estatal e distribuição de dividendos extras.
A Petrobras é uma das maiores empresas do ramo de petróleo e gás natural no Brasil. Com atuação em diversas áreas, a companhia tem grande destaque no mercado nacional e internacional.
A estatal Petrobras tem investido em tecnologia e inovação para se manter competitiva no setor. Além disso, a companhia busca constantemente novas parcerias e oportunidades de negócios para expandir sua atuação no mercado global.
Petrobras enfrenta processo administrativo da CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou um processo administrativo nesta quinta-feira (4) para investigar informações relacionadas à Petrobras, devido a especulações sobre uma possível troca na presidência da estatal e a distribuição de dividendos extras. A volatilidade das ações da companhia foi evidente, após a divulgação pela CNN de que Aloizio Mercadante poderia assumir o comando da empresa no lugar de Jean Paul Prates.
A jornalista Raquel Landim realizou a apuração dos fatos. Os papéis preferenciais (PETR4) encerraram o dia com uma queda de 1,41%, sendo cotados a R$ 37,88, enquanto as ações ordinárias (PETR3) apresentaram uma diminuição de 0,46%, com o valor de R$ 39,12. Em determinado momento do dia, houve um aumento de mais de 2% nas ações da Petrobras.
A intervenção da CVM é necessária quando determinadas informações causam fortes oscilações no mercado. Esse procedimento já foi adotado em outros momentos similares.
Presidência da estatal em jogo
De acordo com a investigação, o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos possíveis candidatos para assumir a presidência da Petrobras desde o período de transição e está entre os nomes considerados por Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da estatal teria requisitado uma reunião definitiva com Lula.
Há relatos de desentendimentos entre o presidente da Petrobras e o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, o que estaria levando o executivo a cogitar sua saída do cargo. Na mesma manhã, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e Silveira concordaram em defender o pagamento de 100% dos dividendos da Petrobras aos acionistas.
O presidente da estatal foi informado sobre a posição dos ministros. Agora, Haddad, Rui e Silveira devem consultar o presidente Lula para finalizar a decisão. No mês anterior, a Petrobras optou por não distribuir os dividendos extraordinários no valor de R$ 43,9 bilhões aos acionistas, mantendo o dinheiro parado em uma conta de reserva para possíveis investimentos futuros.
Ministros defendem distribuição de dividendos da Petrobras
Em uma reunião no Palácio do Planalto, os ministros da Fazenda, Casa Civil e Minas e Energia decidiram unir forças para apoiar a distribuição total dos dividendos da Petrobras. A discussão sobre a possível mudança na presidência da estatal e a destinação dos lucros aos acionistas levaram a divergências e desentendimentos, que agora estão sendo solucionados.
A instabilidade no mercado financeiro em relação à Petrobras reflete a importância dessas decisões para os investidores e para a economia como um todo. A empresa, enquanto estatal, está no centro de um processo delicado de escolha de liderança e distribuição de dividendos, o que impacta diretamente em seus papéis preferenciais e ordinários, além de gerar fortes oscilações nos valores de mercado.
Fonte: © CNN Brasil
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