Após privatização, marca regulatório da empresa: concessão definitiva, modelo de partilha de eficiência; ciclos substrativos ajustam proporção dexfator X. Preço-alvo: magnitudes variam, terminos: regulatório, privatização, concessão, eficiença.
O governo paulista revelou o contrato final de concessão da Sabesp e seus apêndices detalhando o marco regulatório da empresa após o processo de transferência.
Nesse acordo crucial, a gestão da Sabesp passa por modificações significativas devido ao novo contrato de privatização, visando melhorias nos serviços públicos prestados. A assinatura desse contrato de concessão representa um marco importante para a companhia e para a população, que poderá usufruir de benefícios decorrentes dessa mudança.
O impacto do novo modelo de concessão e marco regulatório da Sabesp
O documento recentemente divulgado trouxe esclarecimentos importantes sobre a minuta do contrato de concessão da Sabesp. No entanto, a reação dos investidores não foi tão positiva, refletindo-se em uma queda de 2,09% no valor das ações da companhia. Este cenário de cautela ainda persiste, especialmente em razão da iminente votação na Câmara Municipal de São Paulo sobre a privatização da empresa.
Na análise do Itaú BBA, o novo modelo de concessão e o marco regulatório trazem uma combinação de aspectos positivos e negativos. A definição da magnitude do impacto na Sabesp ainda está em processo de avaliação, sinalizando a complexidade desse cenário de mudanças.
Os analistas do banco destacaram a inclusão de programas comerciais da Sabesp na tarifa, ajustes nas faturas e a metodologia de cálculo do custo regulatório inicial como pontos positivos. Estas mudanças devem contribuir para reduzir a lacuna de ineficiência de forma mais acelerada nos próximos ciclos tarifários.
Por outro lado, a questão do compartilhamento de eficiência com os consumidores e a proporção de partilha de eficiência para os ciclos subsequentes também impactaram as análises. A previsão de uma partilha de eficiência de 90% após o quarto ciclo, acima das expectativas do mercado, foi um ponto de destaque nessas ponderações.
Outro elemento que chamou atenção foi a magnitude do fator X, que teve sua projeção revisada para 0,9% no primeiro ciclo tarifário, contrastando com a expectativa anterior de 0,2%. Essa variável pode influenciar significativamente a dinâmica financeira da empresa nos próximos anos.
A equipe do Itaú BBA também ressaltou a importância das mudanças no reconhecimento de investimentos na base de ativos regulatórios, no fator de universalização e nas receitas adicionais. Esses ajustes têm o potencial de impactar a tarifa final de forma significativa, gerando repercussões no mercado e na própria empresa.
No cenário das recomendações, o banco mantém uma postura favorável em relação à Sabesp, com um preço-alvo estabelecido em R$ 120,32. Por outro lado, o Bradesco BBI reduziu seu preço-alvo para a companhia, reiterando, no entanto, a recomendação de compra, em meio à avaliação dos resultados da consulta pública sobre as regras tarifárias pós-privatização.
Impacto da consulta pública nas projeções da Sabesp pós-privatização
A consulta pública sobre as regras tarifárias que serão aplicadas na Sabesp após a privatização teve desdobramentos neutros, conforme apontado pelo Bradesco BBI. Os analistas destacaram que a incorporação de uma curva de eficiência operacional menor do que o esperado resultou em uma redução na projeção de geração de valor da empresa.
Dentro do esperado, o estabelecimento do Fator X em 0,89% e do teto regulatório de inadimplência em 1,65% para o primeiro ciclo tarifário pós-privatização foram considerados pontos positivos pela equipe do banco. No entanto, a consulta não avançou tanto quanto poderia, gerando algumas ressalvas em relação aos rumos futuros da companhia.
Os analistas enfatizaram que as regras confirmaram expectativas em relação aos custos operacionais no primeiro ciclo, já estimados em R$ 8,1 bilhões. Apesar de alguns pontos de incerteza, a perspectiva ainda é de que a Sabesp consiga se consolidar de forma sólida no cenário pós-privatização, com ajustes necessários para garantir sua eficiência e competitividade.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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