Zagueiro de 19 anos tem oportunidade de ser titular em 2024, integrando equipe profissional e evoluindo sob referências de Tite.
O futebol está no sangue dessa família, que viu uma nova promessa surgir no renomado Flamengo, um clube com uma das maiores torcidas do Brasil.
O jovem talento rubro-negro já demonstra maturidade em campo, defendendo as cores do Flamengo com garra e determinação, honrando a tradição do clube carioca.
Flamengo: Zagueiro Carbone surge como destaque na base rubro-negra
Um dos sete campeões da Libertadores Sub-20 que subiu essa semana para treinar com o elenco principal, o zagueiro Carbone vive momento chave na carreira de um jogador que faz a transição para o profissional, enquanto carrega o sobrenome que ganhou destaque com o seu avô, José Luiz, ex-jogador da seleção brasileira falecido em 2020.
+ Shola celebra título pelo Flamengo, adaptação e destaca Bruno Henrique: ‘O 27 é alto e veloz’ Canhoto e de 1,87m, Carbone se consolidou como um dos destaques da base rubro-negra sendo capitão das principais conquistas do sub-17 (a Copa do Brasil e a Supercopa em 2022), além de ser uma das peças principais do elenco campeão do Brasileirão Sub-20 em 2023 e do inédito título da Libertadores conquistado nesta semana.
– Desde que cheguei ao Flamengo acredito que esteja evoluindo, tanto dentro quanto fora de campo também. E espero que eu continue nesse processo para minha melhor versão. Meu sonho agora, sem dúvida nenhuma, é subir para o profissional e ajudar – disse o garoto ao ge.
Foi assim ele que chamou atenção e foi convocado em janeiro pela comissão técnica de Tite para fazer parte da pré-temporada do Flamengo nos Estados Unidos. Carbone embarcou para Orlando com a delegação principal e viveu os primeiros momentos de integração com o elenco pouco antes de fazer a estreia como profissional, no amistoso contra o Philadelphia Union.
– Quando fui chamado fiquei surpreso, para falar a verdade. Tinha acabado de voltar de uma lesão e, logo depois, voltei a jogar na Copinha. Foi quando recebi a notícia de que ia fazer a pré-temporada com o profissional. Graças a Deus consegui aproveitar bem essa oportunidade. O próximo passo com o profissional já está em andamento.
Com a data Fifa, o zagueiro foi convocado novamente pela comissão técnica para participar dos treinamentos. O processo de transição do jogador está definido para ser feito ao longo deste ano. Carbone participará dos treinos que Tite sentir necessidade, mas seguirá representando o sub-20 nas principais competições do ano.
O jovem de 19 anos é mais um abraçado por David Luiz, que curiosamente é uma de suas referências para a posição. O zagueiro de 36 anos desde que chegou ao clube em 2021 é quem assume o papel de conversar, orientar e ajudar na integração dos jovens – além de ajudar na recuperação de atletas em baixa, como aconteceu com Rodinei, Pedro e Matheuzinho.
– Foi um cara que eu me aproximei muito na nossa pré-temporada nos Estados Unidos. Sempre procura corrigir os erros e eu sempre tento escutar. É uma coisa que não imaginaria estar vivendo ao lado de grandes jogadores como ele e os demais. Vou procurar absorver tudo não só com ele, mas com todos.
A presença de Carbone entre os profissionais acontece enquanto Viña está com a seleção do Uruguai e Ayrton Lucas está com a Seleção, assim como Fabrício Bruno. Apesar de ser zagueiro, o garoto tem origens como lateral-esquerdo e foi recuado para atuar na zaga por conta da altura ainda nos tempos de Grêmio, onde ficou até 2021 antes de chegar no Flamengo.
A estreia no profissional: Carbone ganha destaque em seu primeiro jogo
Foi com visual novo por conta do cabelo raspado por Gabigol que Carbone fez a primeira partida como profissional. E já como titular. O zagueiro foi uma surpresa na escalação para enfrentar o Philadelphia Union, o primeiro amistoso em solo americano. O voto de confiança aconteceu após algumas sessões de treinamento e muitas conversas com a comissão técnica.
O nervosismo, que o fez errar passes bobos nos primeiros minutos do jogo, rapidamente passou, e Carbone participou da jogada em que Cebolinha sofreu o pênalti cobrado por Pedro para abrir o placar.
+ ✅Clique aqui para seguir o novo canal ge Flamengo no WhatsApp O passe para Cebolinha foi celebrado pelos companheiros ainda no gramado do Al Lang Stadium, em São Petersburgo. Mas não parou por aí. O menino foi pauta no vestiário e ouviu elogios devido a ‘volta por cima’ em menos de 45 minutos em campo (veja no vídeo acima).
A personalidade, que o fez ser um dos destaques de sua geração, aos poucos aparece também no profissional. – O professor Tite além de estar no topo da profissão é um ser humano que nem tenho palavras para descrever. Tanto ele como a comissão têm um cuidado com a parte humana do atleta, que é fora de série. Eles sabem como tratar cada um individualmente.
E ser citado por ele em uma situação que envolva o profissional é motivo de grande honra para mim. Mas sei que essas palavras trazem também mais responsabilidade. Estou pronto para isso.
Família esportista: Tradição no esporte e influências no futebol
O futebol é o esporte de destaque na família, mas não é o único. O vôlei também tem um espaço importante na vida de Carbone.
A ligação com a quadra fica por conta da mãe, Eloiza Schlickmann, que é ex-jogadora do Botafogo e do Jaraguá do Sul, e da tia Gabriela Carbone, ex-Flamengo. No campo, o avô é o elo maior com o futebol: Jose Luiz, que também era conhecido pelo sobrenome Carbone, defendeu a seleção brasileira e as camisas do Internacional, Grêmio e Botafogo.
Além disso, se tornou treinador e comandou clubes como Inter, Palmeiras, Cruzeiro, Guarani e Fluminense. Foi campeão carioca com o Tricolor em 1983. Carbone, o neto, é a terceira geração da família que vive o futebol diariamente. Isso porque o pai do zagueiro também foi jogador de futebol profissional.
O ex-atacante Rodrigo Carbone teve uma passagem rápida pelo Fluminense nos anos 90 e inclusive fez parte do elenco campeão do Carioca de 95 (título conhecido pelo gol de barriga de Renato Gaúcho em cima do Flamengo). – Eu venho de uma família esportiva, mas nunca tive pressão para seguir nesse caminho. Sempre tive apoio e investimento, mas foi uma coisa que veio de mim. Eu sempre quis.
E a partir dessa questão do apoio e do investimento, eu passei a me esforçar mais ainda. Você abre mão de muita coisa, mas colhe lá na frente. Vem sendo assim e espero que continue.
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Fonte: © GE – Globo Esportes
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