Data comemorada desde 1985, incentivando a redução do consumo de carne e promovendo debates sobre benefícios de fontes alternativas de proteína e substâncias protetoras.
Hoje, 20 de março, é o Dia Mundial Sem Carne, uma oportunidade para refletirmos sobre os impactos do consumo de proteína animal em nossa saúde e no meio ambiente. Reduzir ou eliminar a carne da nossa alimentação pode trazer inúmeros benefícios, tanto para o nosso corpo quanto para o planeta em que vivemos. A proposta deste dia é promover a conscientização sobre a importância de repensarmos nossos hábitos alimentares e explorarmos opções mais saudáveis e sustentáveis.
Neste Dia Mundial Sem Carne, é fundamental lembrarmos que a nossa escolha de alimentos tem um impacto significativo no nosso bem-estar e no meio ambiente. Optar por refeições a base de vegetais, além de ser uma alternativa mais saudável, contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para a preservação dos recursos naturais. Vamos aproveitar esta data para experimentar novas receitas, descobrir sabores diferentes e fazer a diferença através da nossa alimentação. Juntos, podemos construir um futuro mais sustentável e saudável para todos.
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Dia Mundial Sem Carne
A iniciativa é semelhante à ‘Segunda Sem Carne’, campanha internacional que incentiva as pessoas a não ingerirem proteína animal nas segundas-feiras.
Leia mais Reduzir o consumo de carne pode melhorar saúde do coração, diz pesquisa Câncer de próstata: dieta à base de plantas pode melhorar saúde sexual Vegano, vegetariano e flexitariano: conheça a diferença entre as dietas O Dia Mundial Sem Carne acontece desde 1985, quando houve a inclusão da data proposta pela ONG Farm Animal Rights Movement (Farm) no calendário mundial.
O objetivo inicial era alertar sobre os ‘males’ do consumo de carne e fomentar a discussão sobre o quanto a dieta onívora pode ser prejudicial para a saúde, os animais e o meio ambiente.
Benefícios de Reduzir o Consumo
Os números não mentem. Uma pesquisa do The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) mostrou que, em 2022, o consumo das carnes bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os brasileiros em relação ao ano anterior. O estudo do GFI também indicou que do total de consumidores que diminuíram a carne na alimentação, 47% pretendem reduzir ainda mais em 2023.
Nesta pesquisa, o aumento do preço da carne foi colocado como a motivação de 45% dos brasileiros que reduziram seu consumo.
Para outros 36%, essa redução foi motivada por questões relacionadas à saúde, como melhorar a digestão, reduzir o colesterol ou perder peso.
Iniciativa Semelhante e Substâncias Protetoras
Thaisa Navolar, nutricionista vegana e membro da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), comenta que uma dieta vegetariana é ‘mais rica em fibras por conta do aumento do consumo de frutas, verduras, legumes, cereais integrais, nozes e leguminosas’. E completa: ‘Com o aumento do consumo desses grupos de alimentos, há uma maior ingestão também de substâncias protetoras, como antioxidantes e compostos bioativos.’A redução ou não ingestão de carne já foi comprovada como benéfica para a saúde.
Essa ação pode melhorar a saúde do coração, reduzir efeitos colaterais do tratamento oncológico e reduzir a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão e obesidade.
Influência do Aumento do Preço da Carne
Para Bárbara Sant’Ana, nutricionista formada pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB) e vegetariana há mais de seis anos, a lista de substitutos para carnes é extensa.’Os alimentos fonte de proteína vegetal são os feijões: todos os tipos de feijões (preto, vermelho, branco, carioca, azuki, fradinho etc), lentilha, grão de bico, ervilha, soja e seus derivados, sendo a soja o alimento com maior teor de proteína dentre todas as opções’, relata ela.
A nutricionista reforça que mesmo com opções vegetarianas ou veganas, não é indicado ter uma dieta baseada em fast foods e alimentos ultraprocessados. Os benefícios desse tipo de dieta só existem quando há uma mudança para alimentos de origem vegetal e in natura.
Fontes Alternativas de Proteína
Mitos sobre o veganismo e vegetarianismo. Quando se trata de uma dieta sem consumo de carnes, ou de nenhum tipo de produto de origem animal, não é difícil ouvir questionamentos como ‘vai faltar ferro’, ‘precisa de suplementação’, ‘só vai comer legumes’, ‘crianças e grávidas não podem’, ‘é muito caro’, e outros mitos.
No consultório, Thaisa comenta que escuta muito sobre o aumento de consumo do carboidrato. ‘Com toda essa onda low carb, isso ficou um pouco mais problemático’, relata. O importante, neste caso, é escolher boas opções como batata-doce, batata e mandioca, por exemplo.Sobre as ‘metas’ diárias de proteína, Navolar conta que não é difícil conseguir sem comer carnes, mesmo em momentos da vida em que é necessário ingerir mais do macronutriente.
‘Isso é facilmente atingido com o equilíbrio do consumo de leguminosas, fazendo a distribuição ao longo do dia e ajustando de acordo sempre com as necessidades individuais. Geralmente, recomendamos que a ingestão de proteína seja em torno de 0,8 a 1,5 gramas por dia’.Segundo Bárbara Sant’Ana, em seu consultório, o questionamento mais frequente é sobre o consumo de soja.
Em sua percepção, há um medo em consumir o alimento por conta de informações erradas divulgadas sobre ele.’
Argumentos Baseados em Evidências Científicas
‘Para desmistificar essa crença (e qualquer outra), eu utilizo argumentos baseados em evidências científicas, compartilho artigos, livros e materiais com meus pacientes, para que entendam e também possam pesquisar por conta própria em locais confiáveis.’Como reduzir o consumo de carne?Thaisa Navolar separou quatro principais dicas para quem quer diminuir ou encerrar o consumo de carne em sua dieta: Confie, vai dar tudo certo.
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A alimentação vegetariana é simples e natural, não é um bicho de sete cabeças; Procure orientação nutricional e especializada, se possível. Busca aqueles profissionais que entendam da alimentação vegetariana, que vão saber acolher a sua opção e também te orientar de forma adequada. Tópicos Carne Dieta Veganismo vegetarianismo Compartilhe:
Fonte: © CNN Brasil
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