Sônia Guajajara alertou que a crise climática agravaria os eventos severos, destacando a riqueza cultural das populações indígenas em cadeia nacional de televisão.
Na transmissão ao vivo em rede nacional, divulgada nesta quinta-feira (18), a representante do Ministério dos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a diversidade cultural dos indígenas e sua contribuição crucial para a proteção ambiental. ‘Os territórios indígenas são guardiões de 80% de toda a biodiversidade global. E são locais com os menores índices de desmatamento.
É fundamental reconhecer a importância dos povos originários na preservação ambiental e no equilíbrio dos ecossistemas. A sabedoria dos nativos em relação à natureza é um tesouro para a humanidade e merece ser valorizada e protegida. Os autóctones são fundamentais para a sustentabilidade do nosso planeta, e devemos apoiar suas iniciativas de preservação ambiental.’ Estender o respeito aos indígenas é garantir um futuro mais equilibrado para todos.
Ministra destaca importância dos povos indígenas na luta contra a crise climática
Sem o nosso cuidado com o meio ambiente, a crise climática se agravaria, provocando secas, inundações, ciclones e outros eventos ainda mais severos em todo o país’, destacou a ministra. O pronunciamento, que durou quase cinco minutos, foi veiculado um dia antes do Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril.
É essencial reconhecer a riqueza cultural das populações indígenas que compõem o mosaico de tradições e histórias de resistência do Brasil. Guajajara observou a presença dos povos originários em diferentes biomas, enfatizando a diversidade e contribuição dessas comunidades para a sociedade brasileira.
Os indígenas desempenham papéis fundamentais em diversas esferas, atuando como médicos, educadores, advogados, cientistas sociais, prefeitos, vereadores e deputados. Vale ressaltar que essas comunidades habitam áreas que são essenciais para a preservação ambiental, como a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Mata Atlântica, o Pampa e a Caatinga.
Na abordagem sobre as ações do governo federal em relação aos povos autóctones, a ministra mencionou o enfrentamento da crise do povo yanomami em Roraima e a luta contra atividades criminosas em terras indígenas. Ela destacou a importância de proteger as florestas, garantir a qualidade da água e a segurança alimentar das comunidades indígenas.
Sônia Guajajara ressaltou a criação de uma pasta dedicada aos povos indígenas e a nomeação de líderes indígenas para cargos-chave, como na Funai e na Sesai. Além disso, mencionou a participação significativa dos indígenas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de Belém em 2025, visando ampliar a representatividade dessas comunidades em acordos ambientais.
A retomada da política de demarcação de terras indígenas e a assinatura de decretos de demarcação de novas áreas reforçam o compromisso do governo com a proteção e o reconhecimento dos territórios dos povos indígenas. A homologação das terras indígenas Aldeia Velha, na Bahia, e Cacique Fontoura, em Mato Grosso, durante a reabertura do Conselho Nacional de Política Indigenista, ressalta a importância da preservação das culturas e territórios indígenas no Brasil.
Fonte: @ Agencia Brasil
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